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Amor por Belém: uma lição que se aprende na escola

Por Redação - Agência PA (SECOM)
12/01/2017 00h00

A relação de amor dos belenenses com a sua cidade-natal começa desde muito cedo, em casa, na convivência com os costumes e tradições passadas de pai para filho, e ganha reforço nas escolas, onde, em crianças, aprendem sobre a história, a cultura e outros aspectos que fazem de Belém, que hoje completa 401 anos, um lugar ímpar.

O acesso aos primeiros livros em geral se dá nas bibliotecas das escolas, onde as crianças são estimuladas a conhecer melhor o passado, para compreender o presente e construir o futuro. "Por meio das aulas e dos trabalhos de pesquisa eles assimilam aspectos da cultura, da história e do cotidiano de Belém, o que é muito saudável para essa relação que eles aprendem a ter com a cidade onde vivem", destaca Arilene Piedade, coordenadora do Sistema Estadual de Bibliotecas Escolares (Siebe), vinculado à Secretaria de Estado de Educação (Seduc).

A fundação de Belém, em 12 de janeiro de 1616, por Francisco Caldeira Castelo Branco, e a relação entre os povos que compuseram a matriz antropológica da nossa população – colonizadores portugueses, índios nativos e negros trazidos como escravos - são temas abordados nas aulas e trabalhos de História. Da mesma forma, os aspectos climáticos, as manifestações culturais, as personalidades, a culinária exótica, as belezas naturais e o acervo arquitetônico ajudam a compor esse mosaico complexo que traduz a Metrópole da Amazônia.

Eiderson Leonardo Gemaque do Nascimento, de 12 anos, cursa o 5º ano na Escola Estadual de Ensino Fundamental Professor Rodolfo Tourinho, no Distrito de Icoaraci, e se declara um fã de Belém. "Eu gosto muito de Belém. Acho que é uma cidade bonita, cheia de coisas boas. Temos lugares lindos e comidas deliciosas, como o açaí, que eu amo”, diz o estudante.

Companheira de sala de Eiderson, a estudante Alice Monteiro dos Santos, 10 anos, conta que, além das comidas, gosta particularmente das praças. "Belém tem lugares muito bonitos, mas as praças são o que eu mais amo, principalmente a de Batista Campos e da República. Tenho orgulho de morar em uma cidade como essa”, conta.

Para o professor Levi Góes de Oliveira, que dá aulas para ambos, a contribuição da escola para despertar nos alunos o amor pela cidade em que vivem é notória. "A escola possibilita aos alunos descobrirem mais a fundo os encantos de Belém e também desperta neles o senso crítico e a noção de cidadania”. Na Escola Rodolfo Tourinho, Belém e a Amazônia têm sido temas recorrentes dos desfiles escolares e eventos culturais.

"A Seduc contribui significativamente para o fortalecimento dessa relação afetiva com a cidade e para formação de uma consciência cidadã nos estudantes por meio de atividades pedagógicas, metodologias de ensino, capacitação de professores e técnicos e outras ações que venham fortalecer o processo de ensino-aprendizagem nas escolas", reassalta a secretária de Estado de Educação, Ana Claudia Hage.

Portais - As próprias escolas estaduais instaladas em prédios históricos de Belém funcionam como portais que falam muito sobre a trajetória da cidade. É o caso da Escola Estadual Paes de Carvalho, considerada a mais antiga instituição pública de ensino em funcionamento no Pará. O colégio funciona na rua João Diogo, no entorno da Praça da Bandeira, centro comercial de Belém. Foi fundado em 28 de julho de 1841 como Liceu Paraense pelo então presidente da Província do Pará, Bernardo de Sousa Franco. O prédio conserva até hoje as linhas arquitetônicas no estilo neoclássico.

Outra instituição secular de Belém é o Instituto de Educação Estadual do Pará (IEEP), localizado na rua Gama Abreu à esquina da rua Serzedelo Corrêa. A escola foi fundada em 13 de abril de 1871, tendo nascido como a primeira Escola Normal do Estado, durante a gestão do então governador Joaquim Machado Portela, presidente da Província do Pará. É também considerado um dos colégios mais antigos do Brasil. A construção do prédio do IEEP data de 1902, toda em estilo neoclássico e art nouveau.

Outras escolas públicas que também se destacam entre as instituições de ensino mais tradicionais da capital paraense são a Visconde de Souza Franco, Deodoro de Mendonça, Augusto Meira, Ruy Barbosa, Barão do Rio Branco, Lauro Malcher, Avertano Rocha, Benjamin Constant e Magalhães Barata.