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Governo inicia campanha contra Aedes Aegypti nas escolas estaduais

Por Redação - Agência PA (SECOM)
13/01/2017 00h00

O secretário de Estado de Saúde Pública, Vitor Mateus, e a secretária de Estado de Educação, Ana Cláudia Hage, participaram da abertura simbólica da segunda edição consecutiva da Campanha Estadual de Combate ao Aedes Aegypti para o controle da dengue nas escolas estaduais, ocorrida na manhã desta sexta-feira (13), na Escola Estadual de Ensino Fundamental General Gurjão, no bairro Cidade Velha, em Belém. 

A partir de agora, todas as escolas estaduais já estão liberadas para realizar suas campanhas, com o objetivo de alertar os estudantes para os cuidados contra a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor do zika vírus, dengue e chikungunya. Para essas mobilizações com arte-educadores na retaguarda, os estudantes estão recebendo materiais educativos com o suporte da Sespa e Seduc.

“Para uma campanha desse porte, é bem favorável que se repita o que ocorreu no ano passado, quando foram fundamentais as integrações do governo. Inclusive quero agradecer o empenho de todos em 2016, sobretudo das Forças Armadas, que nos apoiaram de forma brilhante”, disse o secretário Vitor Mateus, titular da Sespa, durante a abertura da campanha.

Para ele, não basta falar em Dia D, mas sim de mais momentos que precisam se configurar como uma união de forças e de orientação. “O combate ao mosquito precisa ser feito todos os dias efetivamente e em todos os lugares. Por ser um espaço de orientação e ensino, a escola deve prosseguir no objetivo de provocar seus estudantes a multiplicar esses hábitos no ambiente familiar”, explicou.

Durante o evento, a titular da Seduc, Ana Cláudia Hage, considerou que as crianças e adolescentes, junto aos familiares, podem fazer um esforço de utilizar alguns minutos de suas rotinas para eliminar os criadouros do Aedes aegypti. O foco nas escolas é desenvolver um trabalho lúdico com as crianças junto com os pais. Isso ajuda com que os alunos cheguem em casa e coloquem em prática o que aprenderam”, disse.

Além de alunos e professores da escola General Gurjão, participaram da manhã de atividades representantes da prefeitura de Belém, do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e do Programa de Controle de Endemias da Sespa. Durante o evento, os alunos puderam assistir palestras educativas; apresentações de como funciona um laboratório de Entomologia, que mostrou a evolução do mosquito Aedes aegypti com técnicos do Laboratório Central do Pará (Lacen) e atividades lúdicas, como o Cruzadão (Palavra cruzada interativa), o “Jornal Falado” com os âncoras Chico Gunya e Zika Bernardes; uma paródia cênica sobre o vetor e a apresentação do coral dos alunos do projeto Mundiar.

Para a campanha deste ano nas escolas, será reutilizado o slogan de 2016, que recomenda que 10 minutos por semana são suficientes para afastar o perigo de possíveis criadouros em ambientes domésticos, a exemplo de calhas, entulhos, lixo e recipientes com água parada, como baldes e pneus ao relento. “É importante, no entanto, que a população crie esse hábito de repetir sempre essa estratégia em casa. Se fizer direitinho a limpeza, vai evitar que os ovos e as larvas se tornem mosquitos adultos, visto que esse processo dura entre sete e dez dias”, explica o médico Bernardo Cardoso, coordenador do Departamento de Controle de Endemias da Sespa.

De acordo com o balanço de 2016 foram confirmados 6.329 casos de dengue, 834 de febre chikungunya e outros 2.807 pacientes com zika em todo o estado, sendo que sem nenhum óbito causado pelas três doenças. Segundo os dados, houve um aumento de 9,59% na quantidade de doentes com dengue em relação a 2015, que terminou com 5.775 ocorrências, porém com cinco mortes em decorrência da doença. “O aumento se dá pelo acréscimo das notificações e diagnóstico, com apoio do Evandro Chagas, Laboratório Central do Estado e unidades hospitalares”, afirmou Bernardo Cardoso. 

Segundo o diretor, o trabalho é feito em parceria com os municípios constantemente ao longo do ano. Equipes da Sespa também fazem visitas técnicas aos municípios para assessoramento das ações do programa de combate à dengue, além de apoiar a capacitação para o atendimento de casos de febre chikungunya e zika.

“Nesse período chuvoso é de suma importância dobrar os cuidados. As donas de casa que continuem atentas aos reservatórios de água, evitem lixo armazenado e limpem o quintal regularmente. Além disso, os novos gestores com sua parte, reforçando a limpeza de suas cidades. Cuidados básicos fazem a diferença e previnem a proliferação do mosquito transmissor”, orienta Cardoso.

Dez municípios paraenses fecharam o ranking dos casos confirmados de dengue no Pará no decorrer de 2016: Belém (567); Marabá (496); Dom Eliseu (482); Alenquer (440); Itaituba (330); Oriximiná (304); Parauapebas (299); Tucuruí (290); Pacajá (223) e Novo Progresso (221). A Sespa continua orientando que as secretarias municipais de Saúde informem, no período de 24 horas, a ocorrência de casos graves e mortes que podem ter sido causadas pelas doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.