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Estado e município implantarão rede de assistência à gravidez

Por Redação - Agência PA (SECOM)
13/01/2017 00h00

Com objetivo de implementar a rede de assistência às grávidas, a Secretaria de Estado de Saúde Púbica (Sespa) articula estratégias para aprimorar o atendimento materno e infantil na capital e Região Metropolitana de Belém. Ao longo desta semana, ocorreram reuniões para tratar sobre o assunto. Os encaminhamentos foram definidos no primeiro encontro na última terça-feira (10), entre o secretário de Saúde de Belém, Sérgio Amorim, o secretário de Estado de Saúde, Vitor Mateus, e a adjunta da Sespa, Heloísa Guimarães.

“A ideia é estabelecer mecanismos fundamentais para garantir que as grávidas tenham atendimento humanizado. Definir, por exemplo, alguns hospitais da rede privada como referência, para que possam funcionar 24 horas, com médicos plantonistas nas áreas de obstetrícia e pediatria e ainda anestesistas. Se for necessário, o Estado está disposto a dar um incentivo financeiro aos prestadores de serviço para a ampliação da rede com cumprimento de metas e qualidade”, explicou Vitor Mateus.

As medidas a serem tomadas servirão para desafogar a Santa Casa de Misericórdia do Pará, que atualmente atende uma demanda acima da capacidade instalada. O aumento de atendimento é reflexo do cancelamento dos serviços maternos em alguns hospitais da rede privada, o que diminuiu a oferta de leitos. “A Santa Casa é referência em parto de alto risco, no entanto, recebe demanda que pode ser resolvida em unidades de menor complexidade. Por se tratar de uma maternidade, precisamos priorizar as mulheres que precisam de atendimento mais urgente, como as grávidas em trabalho de parto”, afirmou a presidente da Santa Casa, Rosângela Monteiro.   

Nos últimos quatro anos o número mensal de partos aumentou significativamente: 640 em 2014, 786 em 2015 e 811 em 2016. Mesmo diante desse cenário, o hospital reflete de forma positiva com a diminuição de mortalidade na unidade neonatal, que caiu de 16% em 2015 para 10,4% em 2016.

Haverá nova reunião para definir os critérios e metas a serem apresentados aos hospitais, para incentivá-los à inserção dos serviços de referência em obstetrícia. “É importante frisar que estes hospitais precisarão aderir ao programa da Rede Cegonha e ainda serem vinculados a uma rede de regulação, para agilizar o fluxo”, explicou o secretário Vitor Mateus. Além de representantes da Sesma, o trabalho está sendo conduzido juntamente com os setores de Regulação e Coordenações Estaduais de Saúde da Mulher e da Criança. “Não mediremos esforços para concretizar a meta, que é implementar a rede de obstetrícia”, concluiu a secretária adjunta da Sespa, Heloísa Guimarães.