Visita multiprofissional à beira do leito otimiza atendimento de pacientes do Hospital Regional Público do Leste
Visão global e abordagem holística da equipe impactam positivamente na evolução clínica de usuários
Redução do tempo de permanência na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), melhor planejamento da assistência sistematizada ao paciente e refinamento da qualidade do atendimento. Esses são alguns dos principais objetivos da visita multiprofissional beira leito, procedimento adotado pela gestão do Hospital Regional Público do Leste (HRPL) que vem alcançando resultados positivos na evolução clínica dos usuários a partir da visão global e abordagem holística da equipe sobre cada caso.
De janeiro a julho deste ano, foram registrados 9.963 atendimentos ambulatoriais, 1.127 cirurgias realizadas, 89.963 exames gerais (interno e externo) e 2.052 atendimentos de urgência/emergência. Esses resultados geraram mais de 98% de satisfação dos usuários.
Diretor assistencial do HRPL, o enfermeiro Clóvis Guse também pontua outros benefícios com a visita clínica na UTI, entre eles a elaboração do plano terapêutico específico individualizado, além de provocar maior integração entre os profissionais e familiares dos pacientes. “Com essa atuação viabilizamos a melhoria contínua da qualidade prestada ao paciente, com aprimoramento profissional, pois a abordagem amplia a visão do profissional frente às ações dos demais, direciona as ações e melhora o desempenho do time”, enumera.
Entre os pacientes internados nas clínicas do HRPL que receberam a visita da equipe multiprofissional está o indígena Patua Hurixa Kaapor, de 13 anos, que desde o dia 26 de agosto está acompanhado de seu tio Genilson Kaapor que agradeceu o atendimento oferecido ao sobrinho, que passou por uma cirurgia na perna esquerda e passou três dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ele foi vítima de uma queda enquanto caçava, o que causou o surgimento de um abscesso.
O pequeno usuário só tem gratidão pelo atendimento recebido da equipe multiprofissional do HRPL. “O atendimento aqui é muito bom, da equipe médica, enfermagem. A alimentação também é ótima”. A mesma opinião é do seu tio: “Por aqui, está tudo certo”.
De acordo com Clóvis Guse, o paciente deve receber alta clínica até a próxima sexta-feira (3) e voltará a conviver na sua tribo Kaapor com familiares e amigos. Guse explica ainda que o paciente Patua Kaapor seguiu o fluxo para seu atendimento que começou na UPA e no Hospital Municipal de Paragominas, de onde foi encaminhado para atendimento ambulatorial no HRPL, onde acabou sendo internado para realização de exames necessários, passou por procedimento cirúrgico e ficou três dias internado na UTI, depois foi encaminhado para leito nas clínicas, onde está hoje.
Procedimento
Faz parte de um modelo assistencial de qualidade buscando as melhores práticas clínicas que são discutidas entre os profissionais e as decisões que vão fazer parte do plano terapêutico de assistência ao paciente e participação do familiar.
Esse procedimento inclui o trabalho integrado de enfermeiros, farmacêuticos, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, membros da comissão de controle de infecção hospitalar (CCIH), psicólogos, assistentes sociais e o médico responsável, que trocam informações acerca do estado atual e planejamento do tratamento. Entre os principais objetivos destacam-se manter a equipe integrada, unificar as informações da equipe multiprofissional, planejar o cuidado e primar pela qualidade da assistência, melhorar a comunicação e precisão das informações utilizadas pelos profissionais.
Entre os benefícios, Guse ressalta o aumento da confiança do paciente e seus familiares na assistência prestada pela equipe de atendimento. Internamente, ele pontua a troca de informações ao promover maior integração entre os diversos profissionais que compõem a assistência.
Para o secretário de Saúde do Pará, Rômulo Rodovalho, as medidas adotadas pelo hospital são promissoras e reforçam a assistência ao paciente, transmitindo-lhes mais segurança e confiança. “Isso repercute num resultado final que congrega tratamento qualificado, satisfação do paciente e, por tabela, um período menor de internação”, afirma.
Abrangência
Atualmente, assistência de média e alta complexidade para resolução dos casos mais graves do HRPL abrange os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) de 23 localidades compreendidas pela Região de Saúde Metropolitana III, que é regulada pelos municípios pactuados do 3° e 5° Centros Regionais de Saúde. São elas: Aurora do Pará, Capitão Poço, Garrafão do Norte, Ipixuna do Pará, Irituia, Mãe do Rio, Nova Esperança do Piriá, Paragominas, Santa Maria do Pará, São Miguel do Guamá, Ulianópolis, Castanhal, Curuçá, Igarapé-Açu, Inhangapi, Magalhães Barata, Maracanã, Marapanim, São Domingos do Capim, São Francisco do Pará, São João da Ponta e Terra Alta. Os pacientes são referenciados pelos Hospitais Municipais e passam por avaliação na Central de Regulação. O HRPL também atende pacientes encaminhados pelo SAMU, Corpo de Bombeiros e Polícias.
O hospital dispõe de 70 leitos, dos quais 20 são de UTI adulto e Urgência e Emergência. O atendimento consiste em clínica médica e cirúrgica, nas especialidades de neurologia/ neurocirurgia, traumatologia/ ortopedia e suporte de anestesia.
Serviço: O Hospital Regional do Público do Leste é um órgão do Governo do Estado, administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O HRPL fica localizado na rua Adelaide Bernardes, s/n, no bairro Nova Conquista, em Paragominas. Mais informações pelos telefones (91) 3739-1046, 3739-1253 e 3739-1102.
