Regional do Baixo Amazonas destaca as atividades lúdicas na recuperação de pacientes
A 14° Edição do Simpósio de Psicologia da unidade realizada nesta sexta-feira (27), Dia do Psicólogo, abordou o resultado positivo do brincar no ambiente hospitalar
No Dia do Psicólogo, lembrado nesta sexta-feira (27), o Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém, no oeste do Pará, realizou a 14° edição do Simpósio de Psicologia da unidade. O evento no auditório do HRBA, foi promovido pelo setor Psicossocial da unidade, e abordou o tema “Intervenções lúdicas no ambiente hospitalar”. Além de contribuir para a formação de novos psicólogos que atuam no hospital, o simpósio busca melhorias na assistência aos pacientes.
De acordo com Gabriela Noronha Fortes, neuropsicóloga e coordenadora do setor Psicossocial do HRBA, trabalhar o lúdico junto aos pacientes gera resultados positivos ao tratamento. “Recebemos pacientes de todas as faixas etárias e buscamos trocar conhecimentos, aperfeiçoar a equipe e continuar tendo impacto na qualidade assistencial”, destaca.
Na ludoterapia, por exemplo, voltada ao atendimento psicoterápico de crianças, este trabalho é realizado por meio de diversas técnicas, envolvendo desenhos, pinturas, cruzadinhas, contação de histórias, entre outras.
Segundo a psicopedagoga Adriana de Carvalho, o lúdico é um método utilizado pelos profissionais para proporcionar ao paciente relaxamento e fuga da rotina hospitalar. “Muitos pacientes, inclusive, levam a habilidade descoberta durante a internação para o cotidiano”, menciona a profissional.
Unidade do Governo do Pará, o Regional do Baixo Amazonas realiza iniciativas como o simpósio para capacitar métodos da atuação profissional, além de estimular dinâmicas que poderão ser aplicadas no cotidiano hospitalar.
“O psicólogo é o suporte para esses pacientes que chegam ao hospital em condições debilitadas. Dependendo do tratamento, o paciente passa muito tempo internado, e o psicólogo pode ajudar através do lúdico a proporcionar uma qualidade de vida melhor durante a internação”, explica Adriana.
Crianças e a ludoterapia
Jandriane Neres, de 6 anos, está internada há um mês no HRBA para tratamento oncológico. Entre a rotina de agulhas e medicações, necessárias ao tratamento, as psicólogas realizam a atividade preferida da criança: pintura. “Ajuda muito no tratamento, distrai bastante e ela gosta muito de pintar e de escrever”, comenta a mãe de Jandriane.
O uso do lúdico com pacientes internados promove a integralidade da atenção, uma maior adesão ao tratamento, além do estabelecimento de vias que facilitam a comunicação entre o paciente e profissionais de saúde.
“A criança quando é internada é retirada do convívio social, da escola, da família e vê o hospital como um lugar hostil onde há o sentimento de dor. Temos a função de minimizar esse sofrimento e utilizamos o lúdico, que são as brincadeiras, para estabelecer vínculo com ela e com os pais, o que gera um ambiente propício para a aceitação do tratamento que tem como resultado a contribuição na melhoria do quadro clínico”, destaca a psicóloga Janaína Nascimento, que atua na clínica e UTI pediátrica do HRBA.
O Regional do Baixo Amazonas é uma unidade de média e alta complexidades, que atende uma população estimada em mais de 1,3 milhão de pessoas, residentes em 30 municípios do oeste do Pará, Baixo Amazonas e Xingu. Entre as quase 40 especialidades ofertadas, a unidade é referência em Oncologia, Neurocirurgia, Ortopedia e Traumatologia e Terapia Renal Substitutiva.
O simpósio tradicionalmente aberto a todos os profissionais da região, este ano, devido às restrições da pandemia, se voltou somente para os psicólogos da unidade.
*Texto de Anna Karla Lima (HRBA).