Editora Dalcídio Jurandir completa dois anos de atividades com novidades para o público leitor
Nesse período, o processo de publicações chega a 36,8 mil cópias de 33 livros com o selo da Imprensa Oficial do Estado (Ioepa) e deve fechar o ano com 64 títulos
A Editora concretiza a Política Pública de Edições e Publicações de Livros, Revistas, Cartilhas, Jornais e E-books do Estado do ParáA Editora Pública Dalcídio Jurandir, da Imprensa Oficial do Estado (Ioepa), completa dois anos nesta terça-feira (24). Criada oficialmente durante a 23ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, em 2019, a partir da assinatura do decreto que institui a Política Pública de Edições e Publicações de Livros, Revistas, Cartilhas, Jornais e E-books do Estado do Pará, assinado pelo governador Helder Barbalho, a Editora Dalcídio Jurandir garante a sua missão com a responsabilidade de publicar obras de autores paraenses em formatos variados.
Com o objetivo de incentivar as produções literárias em todo o Estado, a Editora Dalcídio Jurandir já entregou mais de 36,8 mil cópias de 33 livros publicados com o selo da Ioepa entre 2019 e 2020, e deve fechar o ano com a entrega de 32 mil cópias de 64 títulos de autores paraenses em 2021.Equipe de profissionais da Editora Dalcídio Jurandir
As comemorações se iniciaram com o lançamento da série Vitrine Literária, em 19 deste mês, e a partir de então, toda quinta-feira a série terá divulgação nas redes sociais da Ioepa. No entanto, os lançamentos de livros ocorrerão ao longo do ano.
No dia 9 de setembro, haverá uma sessão especial na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), que, além de homenagear a Editora Pública, trará um importante debate a respeito das políticas públicas em torno da literatura paraense e o lançamento de um catálogo com a produção da editora.
Governador Helder Barbalho e o presidente da Ioepa, Jorge PanzeraO presidente da Imprensa Oficial do Estado, Jorge Panzera, lembra que desde o início da gestão a proposta era “a criação de uma grande editora pública do Estado, orientada por uma política transparente de edições e de publicações, com quatro linhas de atuação editorial” para atender a segmentos diversos.
A primeira linha lançada abriu um leque de oportunidades para valorizar e resgatar as produções literárias que estavam fora de catálogo. A primeira opção pensada, destaca Panzera, foi o livro “Flauta de Bambu”, cuja autoria é de um dos grandes prosadores do estado, o escritor, jornalista e advogado Haroldo Maranhão. Fora de catálogo há décadas, a obra foi lançada na 23ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes e também foi a primeira sugestão de leitura da série “Vitrine Literária”.
VITRINE LITERÁRIA
“A proposta da série “Vitrine Literária” é levar ao público leitor o conhecimento de obras tão importantes como essa e informá-los que tanto o livro de Haroldo Maranhão quanto outras obras lançadas estão à disposição para venda em nossa loja da Ioepa, facilitando o acesso a quem se interessar pela leitura de diversas produções de autores paraenses”, explicou o presidente da Ioepa, Jorge Panzera.
Além da linha sobre autores fora de catálogo, que também lançou “Tupaiulândia”, do historiador Paulo Rodrigues dos Santos, na Festa Literária de Santarém, em novembro de 2019; o coordenador da Editora Pública Dalcídio Jurandir, Moisés Alves, destaca as produções das outras linhas literárias, como a de editais públicos, cujo objetivo é incentivar as produções literárias em todas as regiões do Estado; a linha comercial, voltada para atender a todo tipo de impressos a preços competitivos; e a de produção científica, que estimula parcerias institucionais.Publicações da Editora Dalcídio Juradir: valorização das produções literárias do Estado
LANÇAMENTOS
Fruto destas parcerias, Moisés destaca os lançamentos recentes da Editora neste mês, como o livro “Amazônia: Espaço-Estoque, a negação da vida e esperanças teimosas”, da pesquisadora Raimunda Monteiro, da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) ; e a obra “As políticas de Saúde do Pará na Primeira República”, do médico sanitarista José Raimundo da Silva Árias e da professora Regina Barbosa da Costa, lançada nas comemorações do centenário do prédio do Hospital Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti.
“Temos estreitado laços com importantes instituições e lançamentos de interesse da sociedade. As pesquisas dos professores da Ufopa abordam o processo político e econômico de ocupação da Transamazônica. Vale destacar também que parte das pesquisas do livro da história da saúde pública no Pará foi feito com buscas nas edições antigas dos Diários Oficiais”, citou.
Moisés reforça a importância da Editora Pública como fonte de publicação para pesquisadores do estado todo. “Vimos a necessidade de repensar as linhas editoriais, acrescentando a linha de parcerias interinstitucionais devido ao crescimento destas produções. Já firmamos parcerias com a Universidade do Estado do Pará, Universidade Federal do Pará, Universidade da Amazônia, Ufopa e Universidade da Amazônia, entre outros”.
Além disso, a Editora Pública da Ioepa está inserida em diversos debates literários, integrando também uma comissão estadual que debate o Plano Nacional do Livro e da Leitura, iniciativa do Ministério da Cultura e da Educação. “A proposta é avançarmos numa política pública de valorização do livro e da leitura. Também queremos lançar um edital para circulação do livro , credenciando pequenas editoras, livrarias e bibliotecas comunitárias em todo o estado. Vimos ao longo dos anos que não basta só produzir livros, é preciso fazê-lo circular”.
*Texto de Julie Rocha (Ioepa).