Hospital do Baixo Amazonas destaca o autocuidado para pacientes de diálise
Médicos, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, farmacêuticos e equipe de enfermagem participaram da ação interdisciplinar
A equipe multiprofissional que atua no Centro de Terapia Renal Substitutiva (CTRS) do Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém, promoveu uma atividade especial sobre a importância do autocuidado no tratamento dos pacientes renais crônicos que estão em hemodiálise. Médicos, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, farmacêuticos e equipe de enfermagem participaram da ação interdisciplinar.
A iniciativa do grupo de apoio e orientação, liderado por psicólogas do setor Psicossocial, realiza ações mensais com o objetivo de trabalhar questões emocionais que surgem durante o tratamento do paciente renal, promovendo bem-estar, esclarecendo dúvidas e aproximando o paciente dos profissionais.Uma equipe multiprofissional realiza a ação com pacientes renais crônicos
“O grupo promove a reflexão da importância do paciente se ajudar no tratamento, de fazê-lo ter atitudes que podem minimizar o sofrimento durante esse processo, e contribuir para o próprio bem-estar, melhorando os resultados dos exames”, explica a psicóloga Ádria Santos, do setor de Nefrologia do HRBA.
Confira algumas dicas para o autocuidado de pacientes
- Entender que ele também é responsável pelo tratamento;
- Prática de atividades que contribuem para a saúde mental;
- Conhecer os tipos de alimentos que podem integrar a dieta;
- Ter cuidado com a ingestão de líquidos, pois há restrições;
- Identificar os medicamentos que podem ser ingeridos e as formas de armazenamento;
- Conhecer os direitos e deveres enquanto paciente renal crônico;
- Higienização de fístulas e cateter (dispositivos utilizados para realização do tratamento);
- Conhecer os próprios limites e respeitá-los.
Cláudio de Souza Soares, de 62 anos, realiza hemodiálise há 3 anos. Para ele, a rotina às vezes é desgastante, mas entende a importância do tratamento e, principalmente, do autocuidado. “É de grande importância ver todos os profissionais aqui com a gente, esclarecendo, dizendo o que podemos fazer, nos ouvindo. Tem alguns colegas que levam uma vida normal e não levam os cuidados a sério”, compartilha.
De acordo com a psicóloga Ádria, quando o paciente renal crônico não é adepto ao autocuidado o tratamento pode ficar comprometido, trazendo implicações para o quadro clínico, bem-estar e para a saúde mental.
“É um paciente que precisa estar no hospital três vezes por semana, durante quatro horas, então precisamos estimular ele a perceber que pode sim, ter autonomia, o que fará ele se sentir melhor e ter o mínimo de qualidade de vida”, ressalta a profissional.
Paciente Cláudio de Souza Soares durante sessão de hemodiálise Atendendo a uma população estimada em mais de 1,3 milhão de pessoas, residentes em 30 municípios, o HRBA é uma unidade de referência em Terapia Renal Substitutiva no Oeste do Pará. O hospital pertence ao Governo do Estado, sendo gerenciado pela entidade filantrópica Pró-Saúde.
O Regional do Baixo do Amazonas atende em média 200 pacientes em hemodiálise, 35 em diálise peritoneal (realizado na casa do paciente) e, ainda, é uma unidade credenciada para realização de transplantes de rins desde 2016.
“Esses momentos reforçam a missão do Governo do Pará e da Pró-Saúde, que é a busca por melhoria contínua com foco na assistência à saúde do paciente. Entendemos que quanto mais informações acerca da doença, maior é a participação do paciente no tratamento e no autocuidado”, destaca o médico Emanuel Esposito, responsável técnico pelo Serviço de Nefrologia do HRBA.
O médico complementa que “a interação com a equipe multiprofissional faz o usuário perceber que o serviço é disponibilizado para eles em prol da resolutividade dos casos e na busca de qualidade de vida”.
Durante as intervenções, as psicólogas realizam terapia com utilização de músicas e temáticas relevantes ao tratamento. O próximo assunto abordado no setor de Hemodiálise será a prevenção ao suicídio e a saúde mental.
Além da Hemodiálise, o grupo de apoio e orientação do Psicossocial atua em outros setores da unidade, na assistência aos pacientes e acompanhantes.
*Texto de Anna Karla Lima.