HMUE, em Ananindeua, é selecionado em programa para aprimorar cuidados intensivos
Equipe do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência terá suporte técnico e pedagógico para aprimorar as práticas seguras
Durante 24 meses, a UTI do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência será acompanhada pelo Ministério da SaúdeAs Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém, serão acompanhadas durante dois anos pela Beneficência Portuguesa de São Paulo e a equipe terá suporte educativo (técnico e metodológico) para aprimorar as práticas seguras. O objetivo é reduzir em pelo menos 30% as infecções nas UTIs.
O HMUE foi selecionado pelo Ministério da Saúde para integrar o projeto “Saúde em Nossas Mãos”, do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS).
A seleção ocorreu de junho a julho deste ano e teve 391 participantes, todos voluntários. O HMUE foi selecionado entre 204 hospitais de todo o país. Unidade de saúde do Governo do Pará, o HMUE é gerido pela Pró-Saúde.
Diretora Hospitalar do HMUE, Alba Muniz diz que a inclusão do hospital no “Saúde em Nossas Mãos reforça o compromisso do hospital em garantir a segurança do paciente e dos profissionais, “cerne de nossa gestão”, diz ela.
O objetivo do projeto 'Saúde em Nossas Mãos' é aprimorar as práticas seguras e reduzir riscos de infecções nas UTIs“Será um período de muito trabalho e desenvolvimento para atingirmos um único objetivo, cuidar ainda melhor de nossos pacientes, com técnicas e aprimoramento de processos que gerarão maior segurança assistencial, evitando infecções e, consequentemente, desperdícios de dinheiro público”, completou.
As diretrizes para implementar e aprimorar a segurança do paciente envolvem da ventilação mecânica, ao uso de cateter, sondas vesicais e intensificação da higienização das mãos.
O Ministério da Saúde informa que, entre janeiro de 2018 e julho de 2020, o projeto “Saúde em Nossas Mãos” reduziu 6,2 mil casos de infecções hospitalares em UTIs em 116 hospitais brasileiros. A ação resultou em 2,1 mil vidas salvas e R$ 291 milhões economizados.
Coordenadora do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do HMUE, Silvia Luthemeier diz que o projeto representa uma mudança de cultura para levar a instituição a um patamar mais elevado de segurança ao colaborador e principalmente ao paciente.
RESULTADOS
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a média de infecções hospitalares é de 14 a cada 100 pacientes. De cada 100 pacientes hospitalizados, 10 ficam expostos a infecções associadas a cuidados de saúde.
Entre 2018 e 2020, dois hospitais públicos do Pará, também gerenciados pela Pró-Saúde, conseguiram reduzir os níveis de infecção e, com isso, evitaram um gasto estimado em R$ 7 milhões durante a execução do projeto "Saúde em Nossas Mãos".
Em Santarém, o Hospital Regional do Baixo Amazonas reduziu os casos de pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) e ao trato urinário, por causa da sonda vesical de demora (ITU/SVD), com economia estimada em R$ 2 milhões.
Em Marabá, o Hospital Regional do Sudeste do Pará Dr. Geraldo Veloso (HRSP) evitou mais de 150 infecções na UTI, deixando de gastar nos três anos do projeto, algo em torno de R$ 5,5 milhões.
*Texto de Diego Monteiro (HMUE).