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POLÍTICA PÚBLICA

Sejudh incentiva protagonismo da juventude no presente e futuro

Compreender a diversidade dos jovens das diversas regiões do Pará e assimilar as demandas desse segmento no desenvolvimento de políticas públicas está entre os compromissos da gestão

Por Dayane Baía (ARCON)
12/08/2021 12h55

Agosto é marcado por datas comemorativas que aludem aos jovens. Além do Dia Internacional da Juventude, celebrado nesta quinta-feira (12), o mês também se refere ao aniversário do Estatuto da Juventude (05) e Dia do Estudante (11). No Pará, a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) desenvolve ações de fomento ao protagonismo e garantia de direitos.

O Dia Internacional da Juventude foi criado, originalmente, através da resolução 54/120, por iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1999, como consequência da Conferência Mundial dos Ministros Responsáveis pelos Jovens, em Lisboa, Portugal. O principal objetivo da data é focar na educação e conscientização dos jovens sobre a responsabilidade que assumem como representantes do futuro do planeta.

“Precisamos estar organizados inicialmente e para isso resgatar o protagonismo histórico. Não há nenhum grande movimento intelectual na ciência ou na própria questão social de transformação radical que não tenha sido empunhado por jovens. Então, esse protagonismo da juventude sempre existiu e começamos a desmistificar que juventude não é só o futuro, mas o presente. E que no futuro eles sejam sujeitos jovens, que vão além da questão etária”, pontua Flávio Moreira de Paula, gerente de Promoção dos Direitos da Juventude da Sejudh, que informa também que as ações da Secretaria se baseiam no tripé de organização, formação e luta.

Conhecer a juventude e seus anseios é um dos desafios da Gerência. Entretanto, Flávio garante que há um compromisso com uma formação de base diretamente nos municípios. “Na prática se dá uma formação em Direitos Humanos, a importância do Estatuto da Juventude. No segundo momento, fazemos a escuta e no terceiro, encaminhamos as tarefas que cabem ao estado e aos municípios, como a criação de conselhos municipais e espaços de referência no poder executivo. Fazemos um processo de formação, de divulgação de programas e políticas que muitas vezes não chegam e construímos um processo para mais adiante as juventudes terem mais autonomia em seus municípios”, acrescenta.

Além disso, a Sejudh foi parceira da maior pesquisa nacional para esse segmento específico "Juventude e Pandemias" junto ao Conselho Nacional de Juventude. Outra iniciativa foi o curso " Juventude Empreendedora 2.0", que teve a participação de mais de 1.300 jovens do estado. 


Projeto

Gleidson Azevedo, de 28 anos, possui um empreendimento no ramo de cosméticos na capital e, em maio deste ano, ficou sabendo do curso. Ele avalia que o conteúdo vai ajudar no seu trabalho. “O curso é muito satisfatório, acompanhei todas as aulas, e fiz todas as atividades. Ele ajuda a olhar com mais clareza problemas que aparecerem futuramente e achar soluções com mais facilidade. Como jovens empreendedores ainda temos muito o que aprender e o curso ajuda bastante”, conta.

O projeto promove cursos com temas como finanças, comunicação on-line e offline e gestão de pessoas. Também fornece dicas e guias práticos para auxílio aos novos empresários, que eventualmente se encontrem com dificuldades, oportunizando novas chance de geração de renda.

 

Diversidade

Desde novembro de 2020, 16 municípios já foram visitados, como o de Moju, onde vive Héliton Cruz Coutinho, 24 anos. “Pudemos ter noções de como podemos nos organizar, juntamente com a pasta de Juventude e nos articulando aqui no município de Moju para criar uma coordenadoria ou a própria Secretaria Municipal, além de correr atrás de recurso para a cultura, esporte e lazer, cursos profissionalizantes. Eles nos deram as orientações sobre documentação e teve uma dinâmica muito bacana com os nossos atletas e parceiros da dança sobre direitos e deveres. Conversamos bastante para organizar nossa associação que trabalha com jovens e adolescentes.  Estamos construindo um centro de esportes para a comunidade e a criançada, e ele veio verificar como a Secretaria poderia nos ajudar para evoluirmos”, detalhou o jovem.

A diversidade é uma das características da juventude paraense. “Eles se empoderam, participam, questionam, cobram e o papel da Gerência é sistematizar essas demandas e tentar dar uma resposta buscando junto aos poderes públicos, soluções. Não temos uma juventude homogênea, tem a marajoara, de Xinguara, do Caeté, da região metropolitana, por exemplo. Temos segmentos como os quilombolas, juventude negra, periférica, das mulheres jovens, LGBTQI+, as do campo, ribeirinhas. Então há uma diversidade imensa entre essas juventudes e temos de ter uma capacidade de sistematizar cada demanda e necessidade porque elas não são iguais. São realidades distintas com culturas distintas dentro do próprio território por isso a importância de ir até o local ouvi-los para construir conjuntamente processos e políticas respeitando o estatuto que garanta que elas sejam atendidas dentro das suas especificidades”, finaliza Flávio.