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Número de estabelecimentos de venda de alimentos cresce 57,44% em três anos no Pará

Relatório da Jucepa aponta que, ao todo, são 5.742 mil estabelecimentos em operação atualmente no estado de janeiro a julho de 2021. Belém concentra a maior parte dos negócios nesse segmento

Por Luana Laboissiere (SECOM)
05/08/2021 08h41

Apesar da crise econômica que vem ocorrendo no Brasil nos últimos anos, o número de estabelecimentos de comércio de alimentos em funcionamento no Pará cresceu 57,44 % desde 2018. Segundo o relatório da Junta Comercial do Estado do Pará (Jucepa), ao todo são 5.742 mil estabelecimentos deste segmento em operação atualmente no estado de janeiro a julho de 2021, contra 3.47 mil em 2018. Mais de 35% deles estão concentrados em Belém (36,07%). As outras cidades com maior número no segmento alimentício são Ananindeua (12,59%), Santarém (5,40%), Marabá (4,21%) e Parauapebas (3,61%).

A maioria dos restaurantes no Pará é de propriedade de microempreendores individuais, ou seja, pequenos estabelecimentos que são conduzidos pelos próprios donos ou com a ajuda de poucos funcionários, como é o caso da cozinheira Leila Alves, 44 anos, que há quatro meses decidiu abrir um restaurante onde trabalha com filho na venda de espetinhos de churrasco e comida caseira. 

"Sempre trabalhei como cozinheira, mas, com a pandemia e o desemprego, precisei me reinventar e abrir o meu próprio negócio. Apesar das dificuldades diárias, acredito sim que as coisas vão melhorar e as vendas triplicar", afirma Leila. 

De acordo com o levantamento da Jucepa, 93,71% dos restaurantes são de microempreendedores individuais e 4,98% são microempresas. Os estabelecimentos de pequeno porte, que já possuem mais funcionários, representam 1,18% do total. Já os de médio e grande portes chegam a apenas 0,12%.  Com relação à quantidade, 44,03% são de restaurantes, 24,52% de lanchonetes, 14,40% de serviços ambulantes de alimentação, e 17,05% são bares com serviço de alimentação.

Para a presidente da Jucepa, Cilene Sabino, o número reflete as medidas tomadas pelo Governo para facilitar a abertura de empresas em meio à pandemia da Covid-19, além das ações e serviços realizados pelo órgão para desburocratizar o ambiente de negócios, o que levou muitas pessoas a buscarem no próprio negócio uma oportunidade para gerar renda.

“Quando facilitamos processos e procedimentos, o empreendedor vem, abre a sua empresa e com um serviço 100% digital, ainda que este empreendedor não esteja fisicamente aqui no Pará, ele sente segurança em nossos processos e realiza a abertura de sua empresa entre nós.”

A presidente da Jucepa alerta, porém, que é preciso planejamento na hora de empreender e sair da informalidade para prosperar no ramo. “Se for bem conduzida, a área de alimentação dá muito certo. O risco é partir para um negócio como esse sem estar preparado, sem fazer um plano de negócios, sem ter orientação, ou um estudo sobre o ramo que pretende trabalhar”, afirma Cilene Sabino. 

Desafios

Conduzir um restaurante exige do empreendedor cautela e dedicação. Os consumidores estão cada vez mais exigentes e buscam uma alimentação de qualidade, preço justo e boa localização. Dessa forma, o Sebrae aponta algumas dicas para quem está trabalhando ou pretende investir no setor de gastronomia no estado. 

“Quem deseja atuar no setor de alimentação precisa ter alguns fatores fundamentais tanto na hora do planejamento quanto na execução do negócio. Então um restaurante precisa conhecer as preferências e hábitos do consumidor que ele deseja alcançar: cardápio, processo de produção e oferta e consumo, entrega e etc. O consumidor do hoje deseja além da qualidade do produto, ele quer consumir algo que traga segurança alimentar. E esse empreendedor precisa ter isso como um dos critérios prioritários na hora de desenvolvimento e maturação na gestão das empresas de serviços de alimentação”, diz Leda Magno, gerente de relacionamento empresarial do Sebrae no Pará.

Texto: Fabíola Uchôa/Jucepa