Governo do Pará debate investimentos em infraestrutura e logística de portos, hidrovias e ferrovias
Governador Helder Barbalho enfatizou a representantes de outros governos o plano de investimentos na malha rodoviária, com recursos do Estado, e discutiu a construção da Ferrovia do Pará
Governador Helder Barbalho destacou os investimentos do Estado na melhoria dos modais de transporteA construção da Ferrovia do Pará e da Ferrogrão, e a concessão à iniciativa privada do Complexo Rodoviário PA-150/Alça Viária foram os principais destaques do Governo do Pará no “Norte Export 2021”. O evento, realizado em Belém na segunda-feira (19) e nesta terça (20), ocorreu no formato híbrido, presencial e on-line, e contou com as presenças virtuais do governador Helder Barbalho e do secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia do Pará, José Fernando Gomes Júnior, além de representantes dos outros governos estaduais da Região Norte.
O evento tem o objetivo de colaborar com a troca de informações entre governos e a iniciativa privada, visando ao desenvolvimento de logística e infraestrutura portuária em todo o território brasileiro.O evento Norte Export 2021 foi realizado durante dois dias em Belém
Segundo Helder Barbalho, o Governo do Pará pretende utilizar o diferencial logístico do Estado como estratégia para favorecer a economia paraense. "O Pará se destacou nos últimos anos pela estratégia logística diferenciada, devido à disposição e à navegabilidade de seus rios. E isso é um instrumento oportuno para que o Pará colabore com a logística nacional, sendo uma solução para o Brasil, a partir de investimentos privados e públicos, garantindo que consigamos viabilizar o importante trânsito entre regiões do País", afirmou o governador.Dados sobre as potencialidades econômicas do Pará
Ele destacou ainda o desenvolvimento do setor, por meio de obras que fazem parte do seu plano de governo. "Futuramente, com a perspectiva de termos a ferrovia Ferrogrão, poderemos cada vez mais, através do Porto de Miritituba (em Itaituba, no sudoeste paraense) e da composição hidroviária, através do Rio Tapajós, fazer com que este ponto do Estado tenha também importante consolidação", ressaltou Helder Barbalho.
Mobilidade de empregos - Atualmente, o Porto de Vila do Conde, em Barcarena (no Baixo Tocantins), é um dos principais pontos estratégicos para escoamento de grãos e exportação de proteína viva do Norte do Brasil. O objetivo do governo é disponibilizar 525 quilômetros da PA-150/Alça Viária por 30 anos, saindo de Morada Nova (distrito de Marabá), no Sudeste, até chegar ao Porto de Vila do Conde. O projeto foi orçado em R$ 4,03 bilhões pela exploração da rodovia pela iniciativa privada por 30 anos. Há estimativa de geração de quase 3 mil empregos diretos, para que assim a rodovia seja modernizada, qualificada e receba recursos tecnológicos nos padrões internacionais de mobilidade urbana e escoamento de produtos.Apresentação do projeto de revitalização rodoviário
De acordo com Helder Barbalho, mais investimentos no setor rodoviário também estão em desenvolvimento. "Nós estamos fazendo um plano muito importante de investimentos, com recursos próprios do Estado, para fazer com que as demandas da malha rodoviária possam ser diminuídas e possamos garantir que o Estado seja mais atrativo. Neste contexto, estamos com um plano de investimento de cerca de R$ 2 bilhões", informou.
O governador ainda destacou, no campo hidroviário, as obras para navegabilidade plena no Rio Tocantins. Segundo ele, esse trabalho deve assegurar o escoamento da produção do sudeste do Estado.
Corredor de exportação - A Ferrovia do Pará é fundamental para o escoamento de produtos, passageiros e matéria-prima do setor de mineração, a partir do município de Bom Jesus do Tocantins até o Porto de Vila do Conde, frisou o secretário José Fernando Gomes Júnior.
Segundo ele, “os estudos de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto de Meio Ambiente (EIA/Rima), realizados para o projeto de construção da Ferrovia do Pará com o novo traçado de 515,02 km, foram entregues à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). O EIA/Rima foi produzido junto com a empresa ‘Terra Meio Ambiente’, para que seja analisada a viabilidade ambiental do projeto, para que se comece em 2022 as obras nos municípios de Bom Jesus do Tocantins, Marabá e Barcarena, nas regiões Sudeste e Baixo Tocantins, incluídos no trajeto da ferrovia”. (Texto: Igor Fonseca - Ascom/Sedeme).