Gerência de Informática é estratégica na análise de dispositivos tecnológicos usados em crimes
Em 2021, até o mês de junho, os peritos especializados da Gerência de Perícia de Informática (GPI) do Instituto de Criminalística realizaram 61 laudos e 146 exames
Titular do CPCRC, Celso Mascarenhas:"queremos fortalecer a GPI" A atuação dos peritos criminais da Gerência de Perícia de Informática (GPI) do Instituto de Criminalística do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPCRC) é essencial para a resolução de crimes que envolvam aparelhos de informática, como celulares, computadores, tablets e outras mídias que servem para o armazenamento e o compartilhamento de conteúdo criminoso.
Em 2021, até o mês de junho, as equipes de peritos especializados da Gerência de Perícia de Informática realizaram 61 laudos e 146 exames; no ano passado, foram 148 laudos e 316 exames. A GPI tem polos em Belém, Marabá, Santarém e Castanhal.
Perito criminal da Informática do CPC Renato Chaves, Marcelo Maués explica que o profissional especializado pode atuar tanto em laboratórios, como em perícias externas, nesse último exemplo há o deslocamento do perito até o local da ocorrência para a triagem e coleta do material a ser examinado, posteriormente.
De acordo com o CPCRC, as principais demandas da GPI envolvem os crimes de pornografia infanto-juvenil, fraudes, invasões de sistemas e pichação de sites. Em geral, o Centro de Perícias Científicas é acionado pela Polícia Civil do Pará (PCPA), Ministério Público do Estado e Tribunal de Justiça do Pará.
INVESTIMENTOS
O diretor-geral e perito criminal do Centro de Perícias Científicas, Celso Mascarenhas ressalta o trabalho diferenciado da GPI. "Queremos fortalecer a Gerência em relação a equipamentos, insumos e estrutura tecnológica, para garantir o melhor suporte aos profissionais que vêm, também, passando por qualificações. Recentemente, deslocamos dois peritos para conhecer o funcionamento do setor especializado do Estado do Paraná, para aplicar aqui novos conhecimentos e estratégias”.
Ele informou que a previsão dos novos investimentos a serem feitos na área de Informática do Centro tem previsão de R$ 5 milhões.
CRIMES TECNOLÓGICOS
Perito analisa demanda no Centro de Perícias CientíficasO perito criminal de Informática, Marcelo Maués, alertou sobre algumas ações que podem evitar crimes tecnológicos: adotar uma política de segurança da informação para evitar incidentes; ter cuidado ao acessar fontes que não sejam confiáveis, como e-mails e links; ficar atento às ligações e aos contatos com solicitações de informações e de dados pessoais.
OPERAÇÃO LUZ NA INFÂNCIA
Entre as atuações dos peritos de informática no mês de junho, está a operação “Luz na Infância”, coordenada pelo Ministério da Justiça, em parceria com a Polícia Civil, em 18 estados do Brasil, com o objetivo de combater crimes de abuso e exploração sexual praticados contra crianças e adolescentes, armazenados e compartilhados na internet.
“Verificamos a existência de material relacionado à pornografia infantojuvenil, como vídeos, imagens e conversas em dispositivos que podiam ser utilizados para o armazenamento, compartilhamento ou produção de conteúdo criminoso”, destaca o perito Marcelo Maués, que foi um dos profissionais que participou da operação.
A relevância da perícia criminal foi crucial para a detenção em flagrante de um dos suspeitos pela PCPA, que durante a análise dos computadores confirmou extenso conteúdo de pornografia infantojuvenil.
SERVIÇO
O Centro de Perícias Científicas Renato Chaves é localizado na Rodovia Transmangueirão, s/n, no bairro do Bengui, em Belém.
