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EMPREGO E RENDA

Pará mantém saldo positivo na geração de empregos formais na construção civil

Foram mais de 9 mil postos de trabalho gerados no Estado nos últimos 12 meses, atesta estudo do Dieese-PA

Por Camila Santos (SEASTER)
29/06/2021 19h03

Obras em várias rodovias estaduais contribuem para o crescimento de empregos formais no ParáEm um período marcado pela crise econômica provocada pela pandemia da Covid-19, o Pará vem se destacando entre os estados com saldo positivo na geração de empregos formais. Além do desempenho no aumento de contratações, os últimos estudos apontam que as medidas adotadas pelo governo estadual para incentivar a retomada econômica são fundamentais para a manutenção das atividades e, consequentemente, para o aumento de postos de trabalho.

Em um estudo divulgado nesta terça-feira (29), o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA) aponta que o setor de construção civil tem se mantido como um dos principais setores de admissões, o que contribuiu para que mais de 9 mil postos de trabalho fossem gerados no Pará nos últimos 12 meses.

Conforme o levantamento, que faz parte do Observatório do Trabalho no Estado do Pará, promovido em parceria entre o Dieese e o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), o setor vem apresentando crescimento à medida que as atividades mercadológicas são retomadas.

Obras de saneamento e urbanização em Belém abrem postos de trabalho importantes na pandemiaNos quatro primeiros meses deste ano (janeiro a abril) o setor de construção já apresentava crescimento de empregos formais, visto que no comparativo entre admitidos e desligados foi registrado um saldo de 1.178 postos de trabalho, com 19.635 admissões contra 18.457 desligamentos.

No mesmo período de 2020, a situação no setor foi inversa, com queda de empregos formais, com 15.224 admissões contra 18.224 desligamentos, e um saldo negativo de 3 mil postos de trabalho.

Investimentos - O titular da Seaster, Inocencio Gasparim, reforça que o Pará tem mantido um intenso calendário de obras, o que tem contribuído para a oferta de vagas no setor da construção. "Acredito que o calendário de obras implementado nesta gestão é o maior dos últimos anos, com obras contratadas com mais de R$ 2 bilhões, especialmente na área de rodovias. Agora, no verão, a nossa região deve se tornar um canteiro de obras. Somadas aos auxílios diretos àqueles segmentos mais afetados pela pandemia, as obras impulsionarão de forma significativa a nossa economia. Também é importante destacar que no último ano o Pará foi o sexto estado com maior geração de empregos do País, e isso fez com que nós registrássemos, do início da pandemia até agora, aproximadamente 60 mil novas contratações", enfatizou o secretário.

Ainda em abril, o Pará efetuou 4.707 admissões contra 4.302 desligamentos, gerando um saldo positivo de 405 postos. Em abril de 2020, o resultado foi o contrário. Naquela ocasião foram feitas, em todo o Estado, 2.232 admissões contra 4.010 desligamentos, com saldo negativo de 1.778 postos de trabalho.Pavimentação de vias urbanas na capital e no interior do Estado

Para o supervisor do Dieese-PA, Everson Costa, esses números reforçam medidas importantes adotadas pelo Governo do Pará. "Com um processo de retomada econômica, a manutenção do calendário de obras e garantia da execução do plano de vacinação foi possível alcançar resultados positivos. Todos os indicadores de saúde, social e econômico indicam que a economia só deve retomar a partir do momento em que se garante a vacinação. Também é fundamental citar os incentivos e as políticas de geração de renda e manutenção de emprego adotadas pelo governo, destacando a injeção de recursos no primeiro semestre, o apoio a pequenos negócios, o acesso também à política de incentivo a crédito, assim como outras formas de rendimento. São políticas públicas que colocaram dinheiro nas mãos das pessoas e são favorecedores para que a gente pudesse ter a manutenção do emprego e a ampliação dos postos de trabalho”, explicou Everson Costa.