Polícia Científica projeta atendimento específico a crianças e adolescentes vítimas de violência
Iniciativa tem parceria da Promotoria de Justiça da Infância e Juventude do Ministério Público do Pará e quer ampliar o combate ao abuso sexual infantojuvenil
Diretor-geral do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, Celso Mascarenhas (de azul) recebe representantes do Ministério PúblicoO enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes pautou a reunião entre o diretor-geral do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, Celso Mascarenhas, e um equipe de promotoras de justiça da Promotoria de Justiça da Infância e Juventude do Ministério Público do Pará, na manhã desta quarta-feira (9), na sede do CPCRC, em Belém.
Atuantes no Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude, do MPE, as promotoras de justiça conversaram com a direção do Centro de Perícias Científicas, sobre a criação do plano de atendimento específico às crianças e adolescentes vítimas de violência e exploração sexual, no âmbito do CPC, sobretudo nos municípios sem unidades físicas do órgão pericial.
“Uma criança violentada num desses municípios sem unidade do Centro de Perícias, que precise ser submetida à perícia, terá que se deslocar para uma cidade com unidade ou vai ter um perito que se deslocará até o município da ocorrência? Essa é a cooperação que vamos decidir diante dessa necessidade da rede de proteção às crianças e adolescentes”, comentou a promotora de justiça, Mônica Freire.
Ela ponderou que a demanda apresentada sobre a necessidade de parceria entre o MPE e o CPCRC atende ao relatório de atividades referente à campanha “Maio Laranja”. Este movimento nacional incentiva denúncia de abuso e exploração infanto-juvenil e também alerta a sociedade sobre a importância do combate ao abuso e à exploração sexual de meninas e meninos.
“Os especialistas da campanha viram a necessidade de se criar esse fluxo de atendimento, para o enfrentamento de casos de violência”, reiterou a promotora Mônica Freire.
Favorável ao posicionamento da Promotoria da Infância e Juventude, a direção do CPCRC vai elaborar um projeto para ampliar as formas de atendimento ao segmento, em questão. “O projeto vai melhorar a qualidade desse serviço, seja aqui em Belém e nos demais municípios do Estado”, disse o diretor-geral, Celso Mascarenhas, que é perito criminal de formação.
"Temos consciência de que as crianças precisam de proteção, já que os laudos periciais podem determinar a ação policial contra os agressores”, enfatizou Celso Mascarenhas.