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Com visita ao Parque do Utinga, presidente da Jica encerra agenda no Pará

Por Redação - Agência PA (SECOM)
13/02/2017 00h00

Uma visita às obras do Parque Estadual do Utinga, nesta segunda-feira (13), marcou o encerramento da passagem do presidente da Agência Internacional de Cooperação do Japão (Jica), Shinichi Kitaoka, pelo Pará. A comitiva do governo japonês chegou ao Estado na última sexta-feira (10) com o objetivo de estreitar os laços de amizade com o Governo do Pará, além de fortalecer as parcerias e cooperações que são de grande importância para promover o desenvolvimento local, como é o caso do projeto BRT Metropolitano.

A comitiva foi recebida no Parque Estadual do Utinga pelo secretário de Cultura, Paulo Chaves, que apresentou o projeto da obra. Kitaoka parabenizou o governo pelo empreendimento e disse que a Jica pode firmar cooperação com o Estado na capacitação de mão de obra para trabalhar na preservação do espaço. “Já temos parceria na capacitação de funcionários públicos, que começou em 2003 e se firmou em 2015. Vamos avaliar de que forma poderemos trabalhar nessa área específica”, disse Shinichi Kitaoka.

O governador em exercício, Zequinha Marinho, destacou a importância da cooperação com o governo Japonês para o desenvolvimento de áreas estratégicas para o Estado. “Agradecemos especialmente pela construção saudável da nossa cidade. É uma alegria recebê-los aqui, pois reconhecemos a importância da cooperação entre o Japão e o Brasil, em especial o Pará, por meio da Jica”, reiterou.

Durante a visita ao Parque do Utinga o presidente da Jica plantou uma muda de Castanha do Pará na área externa ao centro de acolhimento. O ato simbólico demonstra a cooperação internacional entre o Japão e o Pará, que se fortalece e ganha novos rumos, expandindo possivelmente para a área de preservação ambiental e agronegócio.

Para a coordenadora de Relações Internacionais do Estado, Larissa Chermont, a visita do presidente da Jica ao Pará foi oportunidade para mostrar o trabalho desenvolvido pelo governo paraense na Amazônia, o que potencializa o estabelecimento de novas parcerias para futuros projetos. “Isso não é uma realidade distante. Temos a preocupação de também manter um relacionamento com a Jica na área de sustentabilidade e meio ambiente, ou seja, casar políticas públicas com pesquisa aplicada na Amazônia”, avaliou ela, que acredita na viabilidade de estabelecer parcerias para projetos sustentáveis  e de inovação.

A Agência de Cooperação Internacional do governo japonês é responsável pela implementação da Assistência Oficial para o Desenvolvimento (ODA), que presta assistência a mais de 150 países. Os japoneses são parceiros dos paraenses há mais de 20 anos, além de financiadores do projeto Ação Metrópole. Entre as obras que fazem parte do projeto está o BRT Metropolitano, que visa melhorar o trânsito da capital e o serviço de transporte público na Região Metropolitana de Belém.

A iniciativa faz parte de um sistema que foi pensado para trabalhar integrado com outros projetos executados pelo governo do Estado, como a Avenida Independência (orçada em R$120 milhões), já concluída; a duplicação da Avenida Perimetral (R$ 77 milhões), cuja primeira fase já foi executada e entregue e a segunda está em andamento, e o prolongamento da Avenida João Paulo II (R$ 300 milhões), que está em andamento e tem previsão de entrega para o segundo semestre de 2017.

Preservação - O secretário de Cultura, Paulo Chaves, apresentou um vídeo à delegação japonesa, destacando o impacto social e científico do Parque Estadual do Utinga à missão da Jica, antes da visita a uma área dentro da reserva ambiental, que é maior que a primeira légua patrimonial de Belém. Ela delimita a fronteira de expansão da região metropolitana de Belém.

Na área de expansão, mostrada em um mapa, Paulo Chaves detalhou a abrangência do projeto em execução, com a construção da Avenida João Paulo Segundo, cujo principal objetivo é proteger os lagos Bolonha e Água Preta, que abastecem, de água, Belém, e explicou o importante papel da avenida para a área ambiental onde se localizam os mananciais. “Ela protege o local contra a grande pressão de invasões e que coloca em risco o abastecimento da cidade”.

As dimensões da área, que foram mostradas aos visitantes no audiovisual, delineiam a grandiosidade do parque, que ocupará a área equivalente a 1.340 campos de futebol. O secretário explanou aos representantes da Jica o que o governo olhou para o futuro em relação à criação do parque. “A preocupação do governo é a de que a melhor maneira de se preservar é uma ocupação correta, ecologicamente certa, construindo apenas em áreas já degradas por propriedades”, disse o secretário. Por isso, segundo ele, foi concebido o projeto que integra áreas de invasões já existentes.

Os representantes da Jica fizeram um passeio virtual desde o pórtico de entrada, na Avenida João Paulo Segundo, chegando ao Amazonário, a culminância do projeto, que será um centro de pesquisas cientificas da Amazônia. No Parque Estadual do Utinga estarão reunidas todas as universidades da região, para trazer o conhecimento da Amazônia para o mundo. Nessa área será praticada a ecogênese que se propõe a resgatar espécies em extinção da floresta.

O presidente da Jica, Shinichi Kitaoka ficou interessado em saber quem participou na criação do projeto de tamanho porte. O secretário disse que a consolidação contou com consultorias internacionais e que ele mesmo chegou a visitar, por exemplo, aquários de alguns países quando foi concebido o Amazonário, que terá espécies de todos os rios da Amazônia, como os botos. O Japão foi incluindo nesse roteiro, pelo governo do Estado, que na missão de Tokyo conheceu o aquário de Shinagawa. Depois da apresentação a missão japonesa e autoridades do governo conheceram a área de acolhimento. (Colaborou Ronald Junqueiro)