Hospital Divina Providência já realizou mais de mil cirurgias ortopédicas em seis meses
Marca foi alcançada após parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), que repactuou o contrato com a Unidade e dinamizou o atendimento
Com o atendimento ampliado em traumatologia pelo regime porta aberta, durante 24 horas, o Hospital Divina Providência, em Marituba, na Região Metropolitana de Belém, já realizou 1.072 procedimentos cirúrgicos ortopédicos realizados entre 14 de dezembro de 2020 e 20 de maio deste ano. Essa marca foi alcançada devido à parceria mantida com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), que repactuou o contrato com a Unidade em fevereiro deste ano e dinamizou o atendimento em trauma-ortopedia em municípios da Grande Belém.
A partir desse ajuste, o Hospital Divina Providência tem atuado como retaguarda para o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), de Ananindeua. O primeiro tem sido porta aberta por 24 horas para atendimentos de baixa e média complexidades em ortopedia, como fraturas simples, e os mais complexos são encaminhados ao Metropolitano.
Para o secretário de Saúde do Pará, Romulo Rodovalho, o quantitativo de cirurgias já realizadas atende aos objetivos da gestão: fazer a regulação rápida desses pacientes, focando nas unidades de portas abertas exatamente para acelerar o atendimento.
“Nosso objetivo é prosseguir na desburocratização ao acesso dos pacientes para que sejam logo assistidos. Desafogamos o Hospital Metropolitano e possibilitamos um acesso rápido ao atendimento do paciente fraturado de baixa e média complexidade. Nós estamos comunicando às secretarias municipais de Saúde para colocarem o paciente na ambulância e encaminharem esses casos para o "Divina Providência", onde teremos duas equipes de ortopedia trabalhando 24 horas por dia. Uma fará o atendimento de porta aberta; outra, operações no bloco cirúrgico”, explicou o secretário de Saúde do Pará, Romulo Rodovalho.
Renata Novaes de Oliveira, diretora administrativa do Hospital Divina Providência, garante que a Unidade se adaptou para atender a essa nova demanda. Segundo ela, a tendência é de crescimento, uma vez que a rede de saúde está conhecendo o novo serviço e encaminhando os pacientes de baixa e média complexidade em traumatologia.
O Hospital Divina Providência já oferece atendimento de porta aberta, ou seja, não há necessidade de encaminhamento, também na área de obstetrícia.
Vinda de Ourilândia do Norte, a paciente Maria Creusa Lima Mesquita, de 79 anos, retornou nesta terça-feira (25) para sua residência, após dar entrada ao hospital com fratura de fêmur, Covid-19 e trombose. Ao todo, foram quatro meses de tratamento, incluindo internação na UTI, e cirurgia ortopédica.
“Foi um sofrimento chegar até aqui. Além da perna quebrada, estava com a doença (Covid-19) e com muitas dores. Fiquei internada e fui bem tratada por todos que trabalham neste hospital. Aliás, nunca antes tinha sido tão bem recepcionada por um hospital. Agora é hora de ir pra casa e matar a saudade dos meus filhos e netos”, relatou.
Ampliação
Com a melhora dos índices da Covid-19 no Estado, a Sespa está retomando projetos importantes e um deles é continuar implementando portas abertas na especialidade ortopedia por todo o Pará.
Em janeiro deste ano, o Hospital Regional do Tapajós (HRT), em Itaituba, no sudoeste do Pará, iniciou o atendimento em traumatologia pelo regime de porta aberta para casos graves e não graves, somando mais de 500 cirurgias. Já em fevereiro, o atendimento de ortopedia foi iniciado no Hospital Divina Providência, em Marituba.
Voltada à população da região de integração do Araguaia, o serviço de porta aberta 24 horas em traumatologia passou a ser feito também pelo Hospital Regional de Conceição do Araguaia, enquanto casos mais complexos seguem encaminhados ao Hospital Regional de Redenção. A mudança também aconteceu em Abaetetuba, onde o Hospital Regional do Baixo Tocantins - Santa Rosa iniciou o atendimento de portas abertas para casos de baixa e média complexidade em ortopedia, no dia 10 de maio.