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Laserterapia auxilia reabilitação de extubados no Hospital de Clínicas, em Belém

Técnica é utilizada em pacientes após a remoção de tubo ou sonda, tratamento frequente em cardiológicos e casos de Covid-19

Por Marcelo Leite (COSANPA)
19/05/2021 14h33

José Arabutama, 69 anos, foi beneficiado com a laserterapia após uma internação de 40 dias no Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (HC)Desde o diagnóstico até o término do tratamento, foram mais de 40 dias para o que José Arabutama, 69 anos, superasse as complicações causadas pelo novo coronavírus. Acompanhado pela equipe do Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (HC), em Belém, o paciente chegou a ficar mais da metade do tempo de internação em terapia intensiva com uso de ventilação mecânica invasiva.

Utilizada com frequência no tratamento intensivo de pacientes com algum tipo de cardiopatia, a técnica engloba entre outros recursos a intubação e traqueostomia para aliviar o sistema respiratório do paciente. Por isso, tem sido amplamente adotada em quadros mais graves da Covid-19. 

No entanto, com a necessidade de inserção de tubos na região da laringe, algumas sequelas temporárias podem ser diagnosticadas na voz e na deglutição de alimentos e engolir (disfagia), trazendo riscos de engasgos ao paciente. Para auxiliar na recuperação desses pacientes pós-extubação, o Hospital de Clínicas implantou a laserterapia de baixa potência como recurso terapêutico complementar. 

Indolor e sem efeitos colaterais, a técnica atua no fortalecimento muscular da região aplicada, na redução de dores e na desinflamação. “Associada a terapia fonoaudiólogica, esse recurso nos dá possibilidade de agilizar a recuperação do paciente dando mais segurança para o retorno à rotina fora do hospital, principalmente na alimentação, respiração e na comunicação”, explica o fonoaudiólogo Adriel Rabelo. 

Recuperação

Ao lado de José Arabutama desde o início do tratamento, Bruno Nassar só não pôde acompanhar o pai durante os dias de internação na UTI. Depois disso, os dias de recuperação foram com uma evolução constante. “Mesmo ele se reabilitando de uma forma geral e melhorando a cada dia, a tosse era o que mais o incomodava. A gente tinha percepção de que era por causa da traqueostomia, por isso a equipe de fonoaudiologia foi muito atenciosa o tempo todo, o que ajudou muito nessa evolução dele”, agradeceu Bruno.