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Farinha de Bragança recebe registro de Indicação Geográfica do INPI

Por Governo do Pará (SECOM)
18/05/2021 17h25

Nesta terça-feira (18), o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) concedeu o registro de Indicação Geográfica (IG), na espécie Indicação de Procedência, para a farinha de mandioca da região de Bragança (farinha de Bragança), que engloba os municípios paraenses de Augusto Corrêa, Bragança, Santa Luzia do Pará, Tracuateua e Viseu.

Agora, o Pará passa a contar com quatro IGs já reconhecidas. Em janeiro de 2019, o cacau do município de Tomé-Açu recebeu o registro e em março deste ano, o queijo do Marajó recebeu a indicação. Além disso, Pará e Amazonas dividem a IG do guaraná da terra indígena Andirá-Marau. O registro de Indicação Geográfica é dado a produtos ou serviços que são característicos do seu local de origem, o que lhes atribui reputação, valor intrínseco e identidade própria, além de os distinguir em relação aos seus similares disponíveis no mercado.

“É uma felicidade imensa o reconhecimento dessa Indicação Geográfica. Nós, no Pará, conhecemos bem a farinha de Bragança, já é um item cobiçado por todos que curtem o alimento. E esse reconhecimento vai, com certeza, elevar o acesso a todos esses produtores da farinha de Bragança ao mercado nacional e internacional, ganhando mais clientes, aumentando sua produção e, ao final de tudo, conseguindo gerar mais emprego e renda na região atendida”, celebra o secretário de Turismo do Estado, André Dias.

A relação entre Bragança e a produção de farinha de mandioca é antiga e muito tradicional. Bragança é a maior referência na produção de farinha. Técnicas tradicionais, desde a colheita da mandioca à torra, fazem da farinha de Bragança um patrimônio da gastronomia, crocante, leve e saborosa. Natascha Penna, turismóloga da Setur e membro do conselho regulador da IG da farinha de Bragança, ressalta que a farinha é um produto tradicional, ligado à memória e história do povo bragantino, “que a partir de suas comunidades, produz a melhor farinha de mandioca do mundo”.

De acordo com documentação apresentada ao INPI, Bragança produz entre 800 e 850 toneladas de farinha de mandioca por mês e possui cerca de nove mil produtores locais. A produção tradicional feita por famílias nativas da região, acrescenta valor e reconhecimento nacional e internacional.

“É a conquista de um trabalho coletivo, que tem como objetivo maior a salvaguarda do processo de um patrimônio imaterial do povo bragantino, que terá mais esse motivo para se orgulhar do seu lugar”, declara, Natascha Penna.

Natascha Penna também destaca o apoio dos órgãos envolvidos no processo, como o Emater Pará, a Prefeitura de Bragança, o Sebrae-Pará e o Fórum estadual de Indicação Geográfica e Marcas Coletivas. “Ressalta-se também o trabalho de todas as organizações que representam os produtores, que foram incansáveis e acreditaram nesse sonho, e que hoje, comemoram esse momento e se preparam para o que vem. Com a necessidade de gestão do processo, promoção desse território, recepção de turistas, imprensa especializada e tantos outros benefícios em nome do desenvolvimento territorial, principalmente para os setores de agricultura familiar e turismo, que terão um ganho com esse reconhecimento”, afirma a turismóloga.

O secretário de Turismo do Pará, André Dias, ressalta que com a divulgação da farinha de Bragança as pessoas ficarão curiosas para saber como é o processo e vão querer visitar a região. “Isso traz mais turismo e um ciclo virtuoso de investimento e emprego e renda. Muito feliz pela conquista, é momento de celebração e o trabalho continua para que nós possamos continuar apoiando a comercialização desses produtores, para continuarmos entremeando na atividade produtora do campo, no turismo gastronômico, turismo rural, turismo de experiência e o turismo de natureza”, finaliza André Dias.

Por: Aila Beatriz Inete (Ascom Setur)