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MEIO AMBIENTE

Ideflor-Bio recupera áreas rurais e reforça combate ao desmatamento no Pará

O Prosaf possui uma rede de mais de 200 viveiros, implantados em 75 municípios paraenses

Por Giovanna Abreu (SECOM)
18/05/2021 11h50

O Projeto de Recomposição Florestal Produtiva por Sistema Agroflorestais (Prosaf), coordenado pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio), é uma das ações estaduais de combate ao desmatamento em destaque no Pará. São mais de 200 viveiros, implantados em 75 municípios paraenses. Em 2020, mesmo no contexto da pandemia da Covid-19, o projeto produziu a média de 1,8 milhões de mudas.

A iniciativa contribui para a recomposição florestal produtiva de áreas alteradas em propriedades de agricultores familiares e configura uma ferramenta de política institucional que auxilia o Estado no alcance das suas metas de redução do desmatamento, a exemplo do Plano Estadual Amazônia Agora, no qual o Estado assumiu o compromisso de recompor áreas alteradas na ordem de 5.6 milhões de hectares até 2030.

“Até hoje, infelizmente, ainda predomina em nosso Estado o sistema de produção 'derruba-queima-planta' e nos dedicamos para fazer uma frente a isso, mostrando ao agricultor que existem outras alternativas e ferramentas de produção que proporcionam a utilização da mesma área por muito mais tempo, diversificando a sua base produtiva, distribuindo renda na propriedade e também promovendo a redução do passivo ambiental. A ideia é que eles tenham um novo horizonte. Esse esforço traduz a essência do Prosaf”, explica Kleber Perotes, diretor de Desenvolvimento da Cadeia Florestal (DDF) do Ideflor-Bio.

Segundo a presidente do Instituto, Karla Bengtson, a principal estratégia de promoção da recuperação florestal produtiva é o plantio de Sistemas Agroflorestais – SAFs Comerciais, no qual os produtores começam a sair da dependência do ciclo de produção das culturais anuais, como a mandioca, e podem expandir a produção e comercialização de outros produtos, como o açaí, cacau, pupunha, muruci, paricá, andiroba, cumaru e maranhoto.

“Os SAFs reúnem as culturas anuais, frutíferas e essências florestais com especial atenção as que constam na lista da flora amazônica ameaçada de extinção. O projeto permite que o Instituto reforce o apoio e o fomento ao florestamento e reflorestamento de áreas alteradas, com a maior atenção à proteção ambiental”, afirma Karla Bengtson.

Após a formalização do pedido de prefeituras municipais, associações, sindicatos e outras entidades, por meio de ofício, à presidência do Instituto, equipes do projeto realizam uma visita aos agricultores familiares, com a apresentação do conjunto de estratégias do projeto e inicia um diálogo para a implantação dos viveiros, os quais integram diferentes tecnologias desde a sua estrutura de montagem até os insumos utilizados, e reprodução de mudas.

“Sempre se trabalhou na agricultura familiar a produção de mudas em sacolas plásticas, por exemplo. Já o projeto do Ideflor-Bio vem trazendo a produção de mudas em tubetes, tecnologia inovadora para o ponto de vista da agricultura familiar, que vem dando muito certo, porque utiliza tempo, espaço e esforço na produção. Os produtores passam por capacitações realizadas pelo órgão”, explica o diretor do DDF.

As ações do programa também são desenvolvidas no Programa Territórios Sustentáveis (TS), dentro da estratégia Amazônia Agora, do Governo do Pará. A DDF busca e propõe estabelecer parcerias com os demais órgãos das esferas municipais, estaduais, federais, entidades afins e o setor privado, a fim de promover a escalada da recomposição florestal produtiva de áreas alteradas em propriedades de agricultores familiares nos municípios paraenses.