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POLÍCIA CIVIL

Seis adolescentes são apreendidos em operação contra exploração sexual infantil, no Pará

Um dos mandados de busca e apreensão foi cumprido em Belém pela equipe da Divisão de Atendimento ao Adolescentes (Data)

Por Evaldo Júnior (PC) (PC)
18/05/2021 11h26

No mês alusivo ao enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes, a Polícia Civil do Pará, por meio da Diretoria de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAV), apreendeu seis adolescentes pela prática de exploração sexual infantil. Na manhã desta terça-feira (18), um dos mandados de busca e apreensão foi cumprido em Belém pela equipe da Divisão de Atendimento ao Adolescentes (Data), que é vinculada à DAV. 

De acordo com a delegada Cynthia Viana, titular da diretoria, esse tipo de ação ocorre durante todo o ano, quando necessário. "Nós atuamos fortemente na campanha de prevenção, por isso, estamos presentes em instituições de ensino, em hospitais e nas ilhas da nossa região. A Deaca CPC atua nesta frente de trabalho. Ao menos duas vezes ao mês, nossos agentes visitam comunidades ribeirinhas, a fim de orientar a população quanto ao crime, os sinais de violência e de comportamento das crianças que são vítimas", disse a diretora.

A titular reforçou que essa iniciativa nas ilhas é feita em parceria com órgãos que compõem o sistema de segurança pública do Pará. Durante as diligências, além da ação educativa, são verificadas denúncias, cumprido mandados de prisão e são distribuídas cestas de alimentos e brinquedos para famílias e crianças atendidas pela Delegacia Especializada.

O dia 18 de maio faz referência a morte de Araceli Cabrera Sánchez Crespo, que foi assassinada neste dia em 1973. A menina saiu da escola e não chegou em casa. A família acreditava tratar-se de um sequestro, e distribuiu fotografias da filha aos jornais locais. Entretanto, o corpo de Araceli foi encontrado seis dias depois, nos fundos do Hospital Infantil de Vitória (ES) com sinais de violência sexual.

O delegado-geral de Polícia Civil, Walter Resende, reforça que a PCPA atua também em outras frentes no combate a esse tipo de crime, que choca pela crueldade. "Por meio da Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos  (DECCC), Núcleo de Inteligência Policial (NIP) e Diretoria de Polícia do Interior (DPI), conseguimos abranger todo o estado do Pará e prender quem comete esse delito. A Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos, por exemplo, somente esse ano já conseguiu apreender cerca de 10 pessoas que mantinham materiais pornográficos infantis em dispositivos móveis ou propagavam conteúdo criminoso", disse Resende.

Em março deste ano, a Divisão de Combate a Crimes Contra Grupos Vulneráveis Praticados por Meios Cibernéticos, deflagrou a 2ª fase da Operação Isis. Na ocasião, foi cumprido um mandado de prisão preventiva em Belém e um mandado de busca e apreensão, na cidade de Tomé-Açu, no nordeste paraense.

As investigações tiveram início após informações repassadas por uma organização internacional de proteção aos direitos das crianças e pela Polícia Federal. No decorrer da ação policial, foram reunidos indícios de autoria e provas de materialidade de crimes de transmissão, armazenamento e possível produção de conteúdo pornográfico infantil praticado no interior do Pará.

Durante a operação, uma pessoa foi presa, em cumprimento ao mandado de prisão preventiva expedido pelo juízo da comarca de Tomé-Açu. Na casa do acusado, que não teve a identidade informada pelas autoridades policiais, foram apreendidos dispositivos eletrônicos relacionados à prática do crime.

Redução – De acordo com os registros das delegacias especializadas neste tipo de atendimento, na capital, foram registrados no ano passado 641 ocorrências de crimes sexuais contra crianças e adolescentes em Belém. Esse ano, entre janeiro e abril, os dados computados somam 209 casos. 

Serviço:

O crime de violência sexual contra crianças e adolescentes pode ser denunciado em qualquer delegacia de Polícia Civil, ou pelo Dique Denúncia, por meio do número 181. A ligação é gratuita e o sigilo é garantido.