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COMBATE À PANDEMIA

Policlínica do Hangar completa seis meses de funcionamento com mais de 34,5 mil atendimentos

Os profissionais acolhem, consultam e entregam medicamentos, quando necessário, a pessoas com sintomas gripais leves e moderados, a fim de evitar agravamento de casos de Covid

Por Giovanna Abreu (SECOM)
30/04/2021 18h01

O acolhimento, na pré-triagem, é fundamental para acalmar a ansiedade das pessoasA Policlínica Itinerante instalada no estacionamento do Hangar – Centro de Convenções, em Belém, completa seis meses de funcionamento nesta sexta-feira (30), atuando como estratégia de combate à segunda onda da pandemia de Covid-19 na Região Metropolitana da capital. O objetivo é evitar a superlotação dos sistemas municipais de saúde das redes pública e particular. Já foram realizados 34.524 atendimentos na unidade desde 31 de outubro de 2020 até quinta-feira (29 de abril).

A unidade, que funciona ao lado do Hospital de Campanha, atende desde 31 de outubro de 2020"As Policlínicas Itinerantes são referências no atendimento e na orientação da população, principalmente para tratar de sintomas gripais leves e moderados. Nesse sentido, a unidade localizada no Hangar é uma das mais reconhecidas na Região Metropolitana de Belém pela importante atuação que teve na primeira onda da pandemia, em 2020, e agora, oferecendo seus serviços sempre que houver necessidade", ressaltou Rômulo Rodovalho, titular da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).

A diretora Técnica da Sespa, Carla Figueiredo, explicou que o principal objetivo da Policlínica no estacionamento do Hangar é iniciar o tratamento das pessoas logo nos primeiros dias de sintomas, para evitar o agravamento dos casos e reduzir o número de pessoas que precisam de internação hospitalar. “A qualquer sinal de sintomas leves e moderados da doença, o paciente deve procurar uma das unidades disponíveis, com um documento de identificação oficial com foto em mãos, para garantir o acompanhamento dos profissionais de saúde”, informou a diretora.

A enfermeira e coordenadora da Poli do Hangar, Cyris Pereira, atua na unidade desde novembro de 2020 e considera gratificante trabalhar em uma unidade estratégica de descentralização do atendimento da doença.As pessoas têm os sinais vitais aferidos, como a oxigenação

“Os pacientes já chegam muito abalados psicologicamente. Muitos deles já viveram perdas de familiares e amigos pela doença. É inexplicável o sentimento de ver a gratidão nos olhos dos pacientes ao receberem acolhimento. O carinho e agradecimentos que eles nos dão recarregam as nossas forças para continuarmos garantindo um atendimento humanizado”, assegurou.

Acolhimento - O comerciante Moisés Verçosa começou a ter diarreia, febre, falta de ar e cansaço na segunda-feira (26). Na manhã desta sexta (30), procurou atendimento na Poli do Hangar e saiu satisfeito com o acolhimento recebido desde a pré-triagem. “Desde a entrada, o atendimento foi maravilhoso e rápido. Os profissionais são atenciosos e nos deixam muito confortáveis. A grande maioria da população não tem condições de buscar atendimento particular, e aqui, pelo que eu já escutava e pelo que eu tive de experiência, posso afirmar que é melhor que em muitas clínicas particulares”, disse o comerciante.

Há um ano em isolamento domiciliar, a dona de casa Sirlane Espíndola recebeu uma visita, e acabou testando positivo para a doença dias depois. Há cinco dias, ela apresentou falta de ar, cansaço, tosse seca e febre, e procurou atendimento na Poli do Hangar nesta sexta-feira (30), de forma preventiva, após recomendação de uma amiga. “Uma vizinha veio e foi muito bem atendida, por isso recomendou que eu viesse. O atendimento é, realmente, maravilhoso. Os profissionais são muito dedicados. É uma excelente iniciativa para a luta contra essa doença”, assegurou.

A dona de casa faz um alerta: “Quem ama cuida; quem ama não abraça, não aperta a mão e respeita todos os protocolos de saúde. Não é hora de visitas. Depois a gente mata a saudade com toda a segurança necessária”, acrescentou Sirlane Espíndola.Os exames de RT-PCR são encaminhados ao Lacen, com resultados entregues em até cinco dias úteis

Passo a passo - O paciente que procura a Poli do Hangar passa, inicialmente, pela pré-triagem com um médico na entrada, onde é verificada a oxigenação e a avaliação dos sintomas, para identificar se a pessoa se enquadra no perfil de atendimento da unidade. Em seguida, é encaminhado à triagem da enfermagem, para aferição dos sinais vitais. O próximo passo é a notificação e o encaminhamento para as consultas médicas.

A Poli também entrega aos pacientes medicamentos prescritos pela equipe médicaOs médicos podem solicitar aos pacientes, caso haja necessidade, exames complementares e a prescrição da medicação para o tratamento dos sintomas, oferecida na própria unidade. Os exames de RT-PCR são encaminhados ao Laboratório Central do Estado (Lacen) e os resultados são entregues em até cinco dias úteis.

Histórico - Em 2020, a Policlínica do Hangar começou a funcionar no dia 1º de julho, e manteve a atividade até 31 de agosto, quando a região passou para o bandeiramento amarelo. Nesse período, atendeu 5,3 mil pessoas.

Em outubro do mesmo ano, diante das informações epidemiológicas e pelo fato de alguns hospitais privados necessitarem da abertura de leitos, o governo estadual, no dia 31 daquele mês, retomou os atendimentos na unidade.

Serviço: A partir de 1º de maio (sábado), e pelos sábados seguintes, as policlínicas que funcionam no estacionamento do Hangar, na Arena Guilherme Paraense (Mangueirinho) e no Núcleo de Esporte e Lazer (NEL) vão passar a atender das 8 às 13 h, e manterão o atendimento de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 h. As unidades não abrirão mais aos domingos. Leia também:  https://www.agenciapara.com.br/noticia/27913