Operação Paridade, da Polícia Civil, combate crimes de ódio contra alunos da UFPA
Agentes cumpriram sete mandados de busca e apreensão em Belém
A Polícia Civil, por meio da Diretoria Estadual de Combate contra Crimes Cibernéticos, deflagrou na manhã desta quarta-feira (28) a operação Paridade, que cumpriu sete mandados de busca e apreensão em Belém.
As diligências fazem parte de um inquérito instaurado pela PCPA, que investiga crimes de associação criminosa, calúnia, incitação ao racismo e injúria racial.
As investigações apontam que um grupo de estudantes cotistas da Universidade Federal do Pará (UFPA) eram acusados de fraudar o sistema de cotas. As acusações eram feitas também por alunos da instituição. Os suspeitos faziam a exposição das vítimas em redes sociais com graves acusações, conforme informou a titular da Diretoria, Vanessa Lee.
“Recebemos as denúncias de vítimas do caso que se sentiram extremamente prejudicadas, visto que elas tinham direito a acessar a universidade pelo sistema amplo. As investigações constataram várias postagens na internet, caluniando e denegrindo a imagem de pelo menos cinco vítimas, na capital”, enfatizou.
As diligências iniciaram às 6h desta quarta, reunindo agentes da Diretoria Estadual de Combate contra Crimes Cibernéticos, do Núcleo de Inteligência da PCPA e da Diretoria Especializada. Todos os alvos foram encontrados e intimados. Notebook, celulares e documentos foram apreendidos. Todo o material foi levado para a sede da Diretoria, que fica na Delegacia Geral de Polícia Civil.
Crimes – Segundo à lei, o crime de injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência. A pena para esse tipo de crime consiste em reclusão de um a três anos e multa. Já o crime de calúnia é a acusação falsa contra alguém, como houve nos casos da Operação Paridade, com pena de detenção de seis meses a dois anos, ou multa.
A PCPA ressalta que é crime praticar o racismo, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. A punição para os casos é de reclusão de um a três anos e multa.
Denúncia – Denúncias podem ser feitas para o 181 e 98115-9181 (mensagens via whatsapp).