Estado do Pará registra saldo positivo de geração de postos de trabalho no setor da construção
O Pará vem se destacando na geração de empregos em um período marcado pela crise econômica provocada pela pandemia da Covid-19. Além do desempenho positivo no setor do comércio, o Estado também apresentou uma trajetória positiva no setor da construção civil nos dois primeiros meses de 2021 e também nos últimos 12 meses, de acordo com o balanço divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA), com base em informações oficiais do Ministério da Economia segundo o novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED.
Conforme o levantamento, que faz parte do Observatório do Trabalho no Estado do Pará, que é promovido em parceria entre o DIEESE e o Governo do Estado, através da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), o Pará registrou dados positivos no saldo de empregos gerados no setor da construção nos meses de janeiro e fevereiro deste ano. No período analisado, foram efetuadas 9.444 admissões e 8.814 desligamentos, gerando 630 postos de trabalho, garantindo ao Estado a posição de destaque entre os demais Estados da Região Norte, como, por exemplo, Tocantins com 262 postos de trabalho e Roraima que contabilizou 185 postos de trabalho. Enquanto isso, o Estado do Amazonas registrou a perda de 527 postos de emprego e o Amapá também apresentou saldo negativo de 112 postos de emprego.
A análise indicou também que, somente no mês de fevereiro deste ano, o Pará assegurou bons resultados na geração de empregos no setor da construção com 603 postos de trabalho, representando novamente uma boa referência na geração de empregos formais gerados nos Estados do Norte do país.
Ainda de acordo com o estudo, nos últimos 12 meses, no período de março de 2020 a fevereiro de 2021, houve uma trajetória positiva no mercado de empregos formais nos Estados da Região Norte, com o comparativo entre admissões e demissões. Mais uma vez o Pará seguiu a tendência positiva e registrou a geração de 6.872 postos de trabalho, seguido do Estado de Tocantins com 3.855 postos de emprego e Roraima com 1.061 postos de trabalho gerados.
Ainda segundo o estudo do DIEESE, toda a Região Norte contabilizou o total de 104.164 admissões contra 93.630 desligamentos, revelando o saldo positivo de 10.534 postos de trabalho no mercado da construção.
“Ao longo desses 12 meses, o setor da construção se apresentou como um dos principais empregadores. O Pará tem se mantido em colocações bastante positivas. Em 2020, fomos o terceiro em nível nacional, em geração de empregos formais, mesmo com todo o desgaste que a pandemia nos causou. Este resultado está claramente ligado ao trabalho que o Governo vem realizando com a atração de novos investimentos, toda infraestrutura para a implantação de novas empresas e o impulso na construção de grandes obras. Isso permitiu que, mesmo em uma situação adversa como a pandemia, os postos de trabalho continuem sendo gerados por todo o Estado”, enfatizou o titular da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), Inocêncio Gasparim.
Givanildo LucasUm dos beneficiados pelo aquecimento no mercado de empregos formais foi o pedreiro, Givanildo Lucas, de 43 anos, que todos os dias sai do bairro do Paracuri I, em Icoaraci, para trabalhar na obra do BRT metropolitano. Ele conta que após dois anos desempregado conseguiu uma oportunidade de emprego, por intermediação do Sistema Nacional de Emprego (SINE), em uma das obras mais estratégicas para a melhoria no trânsito na Região Metropolitana de Belém. “Isso traz a garantia para eu ter o meu dinheiro e honrar os meus compromissos. Para mim é muito importante participar deste trabalho que vai melhorar a cara de Belém e também o transporte”, ressaltou.