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Matriz energética do estado é tema do Café com Planejamento

Por Redação - Agência PA (SECOM)
23/02/2017 00h00

O Café com Planejamento do mês de fevereiro, realizado na manhã desta quinta-feira (23) no auditório da Secretaria de Planejamento (Seplan), abordou o tema “Novas fontes de energia na matriz energética do Estado”, com a presença de Claudio Luciano da Rocha Conde, diretor de energia da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), como palestrante.

Por se tratar prioritariamente de uma ação de qualificação do servidor público proposta pela Diretoria de Planejamento do órgão, o Café aponta assuntos relevantes na pauta atual que tenham influência direta nas políticas públicas: “A Seplan deve participar da discussão das fontes de energia para o estado, e amadurecer esse conhecimento com os técnicos dos demais órgãos para projetar conjuntamente as possibilidades de crescimento”, afirmou José Alberto Colares, titular do órgão, na abertura do evento. Para ele, é preciso viabilizar consumo e suprimento de energia a preços competitivos.

O contexto nacional do setor elétrico foi o marco inicial da exposição de Claudio Conde, que introduziu o assunto para situar o Pará como o 4º do país, com potencial de produção de 20,3%, dos 243.361, 69 MW gerados no País. O representante da Sedeme lembrou que o Brasil ocupa lugar privilegiado sobre os demais países no quesito energia, em função da geografia e dos recursos naturais, o que abre um leque de opções de fontes como a fotovoltaica, objeto de um programa piloto em vias de implantação e que será ampliado a médio prazo para os serviços públicos.

A implantação do Terminal de Regaseificação de Gás Natural Liquefeito em Barcarena, que deve ocorrer em aproximadamente dois anos, é a primeira etapa de geração de nova matriz energética para atendimento ao mercado industrial local, com a substituição do óleo combustível e carvão, usados nesse processo, e também para consumo veicular. A construção de uma Usina Termelétrica com potência nominal entre 1.000 e 1.200 MW constitui a segunda etapa. “É um projeto de longa maturação que vai trazer muitas vantagens para o Estado, principal interessado em fomentar a indústria com vistas ao crescimento econômico”, disse Conde, lembrando que o retorno se traduz ainda em oportunidades de emprego e geração de renda.

Desdobramentos do tema foram amplamente discutidos na segunda parte do encontro, aberta às considerações e perguntas dos participantes. O alto preço da energia elétrica, a potencialidade eólica do estado, as mudanças de tarifação na cadeia setorial de energia (geração, transmissão e distribuição), possíveis programas de financiamento e até dicas de consumo mais baratas movimentaram os debates. “Alguns temas, dada a sua complexidade, precisam de aprofundamento”, avaliou Denisio Lima, diretor de Planejamento da Seplan. “Este fórum é vital porque nos aproxima de assuntos que impactam a composição das políticas públicas”, disse.