Profissionais dos CAPs serão multiplicadores na promoção da saúde mental
A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) realiza até esta quarta-feira (8), na Escola Técnica do Sistema Único de Saúde (Etsus), o primeiro curso de “Políticas públicas e linhas de cuidado para multiplicadores em atenção psicossocial”, organizado pela Diretoria de Políticas de Atenção Integral à Saúde e pela coordenação estadual de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas. Voltado aos trabalhadores dos Centros de Apoio Psicossocial (CAPs) do Pará, o curso é composto por vários módulos e está relacionado às políticas públicas no âmbito da saúde mental.
“A ideia é capacitar multiplicadores da rede de atendimento à saúde mental, particularmente dos Centros de Apoio Psicossocial (CAPs), para melhor atuarem no atendimento ao usuário e na relação deles com a rede de saúde e assistência do estado e município”, explicou Nelcy Colares, psicólogo e coordenador estadual de Saúde Mental. A ação também conta com a parceria do Ministério da Saúde e da Etsus.
Cada turma é formada por 20 pessoas, que serão novos multiplicadores dentro dos CAPs onde atuam. “A coordenação da ênfase à importância do CAPs como porta de entrada para o atendimento em saúde mental, sendo uma prioridade da Sespa como órgão gestor da saúde”, acrescentou Nelcy Colares. A procura pelos centros de apoio é grande. Em média, o CAPs Marajoara, referência no Pará, já registra mais de 9 mil atendimentos.
“Recebemos o convite da coordenação do curso para facilitar os temas ‘Prontuário Transdisciplinar’ e a ‘Produção do Projeto Terapêutico Singular’, duas ferramentas importantes para a gestão do cuidado do usuário de saúde mental, álcool e outras drogas. Sem essas ferramentas não há como gestar um bom processo de cuidado”, disse Elisena Uchoa, apoiadora técnica da coordenação estadual de Saúde Mental da Sespa.
No curso são priorizados o cuidado interdisciplinar e o olhar humanizado no processo do trabalho, entre outros temas. O curso, que começou nesta terça-feira (7), prossegue amanhã com palestras sobre saúde mental da população carcerária e saúde mental das populações tradicionais (ribeirinhos, quilombolas e indígenas).
