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AGRICULTURA

Com apoio da Emater, merenda escolar de Soure pode ampliar aquisição da agricultura familiar

Atualmente, 42% dos alimentos são procedentes da agricultura familiar do município e a meta é alcançar 100% desse fornecimento

Por Etiene Andrade (EMATER)
15/04/2021 14h08

Açaí e peixes frescos fornecidos diretamente pela agricultura familiar marajoara fazem parte da cultura e da merenda escolar em SoureHá um ano enfrentando os desafios impostos pela pandemia, o fornecimento de produtos provenientes da agricultura familiar para a merenda escolar de Soure, no Marajó, se mantém normalizado, com a merenda chegando regularmente às famílias dos estudante das comunidades urbanas e rurais do município.

A expectativa para este ano é a ampliação na participação das entregas à merenda escolar pelos agricultores familiares, que contam com a parceria do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), e das secretaria municipal de Educação e de Produção.

“Atualmente são preconizados em lei, pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que o município tenha, no mínimo, 30% dos itens da merenda escolar oriundos da agricultura familiar. No município de Soure já superamos esse patamar e podemos ampliar ainda mais este ano, já que a partir do próximo pleito esperamos ter mais uma associação, com cerca de 14 produtores, fornecendo para a agricultura familiar. Num cenário ideal gostaríamos de ter 100% desse fornecimento”, afirma o chefe do escritório local da Emater em Soure, Fernando Moura.

As poupas de frutas e geleias já são produtos consolidados na dieta alimentar fornecida pelas escolas municipais em Soure, no MarajóPara a ampliação desse fornecimento, o escritório da Emater vem assessorando os agricultores e organizando-os coletivamente para que tenham acesso à Declaração de Aptidão ao Pronaf Jurídica (DAP Jurídica). O documento dá acesso aos produtores, organizados em associação, à oferta de produtos via Programa Nacional da Alimentação Escolar (Pnae).

De acordo com a Emater, os produtos procedentes da agricultura familiar, atual, já são bem variados e adequados à cultura alimentar da região.

“Pela Associação de Agricultores Familiares dos Campos do Marajó, onde há  55 produtores cadastrados, são fornecidos hortaliças, frutas, peixe congelado (proveniente de piscicultura), queijo do Marajó e linguiça marajoara. Já pela Associação de Batedores, Peconheiros, Extrativistas e Produtores de Açaí, 14 produtores fornecem açaí para a merenda a escolar”, explicou o chefe do escritório local.

As escolas seguem fechadas por causa da pandemia, e a merenda escolar é entregue em comunidades rurais a pé ou em carroças Como as escolas de Soure permanecem fechadas em função da pandemia, os estudantes da área urbana recebem diariamente os alimentos preparados para consumir em casa. Já para os estudantes da área rural são montados kits, que incluem itens da agricultura familiar, e que são levados a pé, em carroças ou até montados em cavalos e búfalos, conforme informou o nutricionista, Sandro Georgio Penha, da prefeitura de Soure.

“No espaço rural, as famílias dos estudantes recebem os ingredientes para serem preparados e, mesmo com os desafios com o transporte, os alimentos não deixam de chegar, inclusive frutas, verduras e outros itens da agricultura familiar, que chegam fresquinhos e garantem um conteúdo nutricional muito importante para a melhora da saúde desses estudantes”, afirmou o nutricionista Georgio Penha.

Quatro mil e duzentos estudantes são atendidos pela merenda escolar em Soure e, atualmente, 42% dos alimentos são oriundos da agricultura familiar.

O escritório local da Emater em Soure  atende no município, anualmente, até 120 agricultores, realizando um total de 490 atendimentos.