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Práticas terapêuticas são ofertadas em abrigos para pessoas em situação de vulnerabilidade

Desde o dia 19 de março, 300 pessoas já foram abrigadas, entre mulheres, homens, casais com crianças, idosos e mulheres trans

Por Camila Santos (SEASTER)
08/04/2021 17h13

Pessoas em situação de vulnerabilidade têm atendimento com práticas terapêuticas ofertadas pela Sesma em abrigos estaduaisDesde o dia 19 de março, o Governo do Pará tem abrigado pessoas em situação de rua em escolas estaduais estruturadas como abrigos emergenciais. A ação faz parte da série de medidas adotadas pela gestão estadual no combate à Covid-19.

De lá para cá, aproximadamente 300 pessoas já foram abrigadas, entre mulheres, homens, casais com crianças, idosos e mulheres trans. O público atendido recebe, diariamente, alimentação, vestuários, kits de higiene, além do acesso a práticas esportivas e serviços de saúde, como consultas médicas e atendimento psicológico.

Incluído a esse acompanhamento médico, vem sendo desenvolvido, por meio de terapeutas da Secretaria de Saúde do Município de Belém (Sesma), as Práticas Integrativas Complementares (PICS), recursos terapêuticos que buscam a prevenção de doenças e a recuperação da saúde, com foco na escuta acolhedora e o incentivo a um vínculo terapêutico na integração do paciente.

Segundo Rafael Cabral, coordenador de Referência Técnica em Práticas Integrativas Complementares, o serviço é inédito na rede municipal de saúde e tem sido aplicado inicialmente nos espaços de acolhimento estruturados pelo Estado.

“Ao longo dessas duas semanas tivemos um resultado muito positivo; foram realizados, em média, 120 atendimentos. Em duas semanas de abrigo, podemos conseguimos reduzir uma quantidade significativa de pessoas que utilizavam medicamento analgésicos, já que essas práticas pensam no indivíduo em sua totalidade, não apenas no campo biológico, físico, mas também no campo emocional e energético”, frisou o coordenador.

A política nacional de práticas integrativas existe desde 2006 e engloba 29 habilidades, ambas trabalham o alívio de dores e o equilíbrio energético, físico e mental. Dentre as terapias disponíveis nos abrigos estão a acupuntura, Reiki (técnica de imposição de mãos), ventosa, auricoloterapia, yoga, musicoterapia, geoterapia e técnicas da medicina chinesa. Ao todo, 12 profissionais estão envolvidos nos atendimentos, que são realizados de segunda a sexta.

“Tem sido fantástico agregar essas práticas que visam complementar a terapêutica da saúde. Aqui você não trata a doença e sim o doente, o paciente. Aqui nos abrigos, ter a possibilidade de ofertar este serviço para aqueles que estão em extrema vulnerabilidade tem sido muito bom. Eles se encontram em uma situação humana difícil, e essas práticas tem dado um retorno muito positivo”, destacou Adriely Raio, terapeuta integrativa.

Ebert Castro tem 60 anos e está acolhido em um dos abrigos emergenciais. Ele tem experimentado o atendimento terapêutico e já observa melhorias no dia-a-dia. "Eu trabalhei com pedras enérgicas e sei o quanto isso é importante. Com as perdas da vida a gente entra em um sistema de distúrbio, a mente fica congestionada, fazendo mal; então ter esse acompanhamento ajuda a equilibrar esses traumas".