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Santa Casa realiza mais de 230 partos gemelares por ano

Por Samuel Mota (SANTA CASA)
31/03/2021 14h42

Anualmente, a maternidade da Fundação Santa Casa do Pará realiza uma média de 238 partos por ano, tendo como dados o levantamento dos últimos cinco anos, aonde foram realizados 1.191 partos de gemelares no hospital.

Se for somado esses últimos cinco anos (2016 a 2020), ao período anterior (2011 a 2015), a maior maternidade do Norte do Brasil realizou 2.483 partos gemelares. Mesmo com a diminuição da fertilização in vitro e da opção das famílias por gestações mais tardias, o número de nascimentos de gêmeos no mundo ainda é bastante significativo. 

Para a ginecologista e obstetra Claudia Coelho, houve um aumento dos partos gemelares de maneira geral. “Pesquisas apontam que a cada 42 crianças nascidas, um deles é gemelar. Esse aumento do número de gravidez gemelar se deve a mulheres que engravidam cada vez mais tarde, assim como técnicas de reprodução assistida, tipo fertilização in vitro, e até mesmo procedimento mais simples como indução da ovulação no próprio consultório”.

Dra. Claudia Coelho“Em uma gestação gemelar, assim como numa gestação única, o pré-natal é fundamental, por isso deve ser seguido à risca o número de consultas, realizar uma alimentação adequada, fazer o acompanhamento multidisciplinar com nutricionista, enfermagem, psicóloga, fazer uso das vitaminas, ter um descanso maior  e a qualquer sintoma de contração, perda de líquido ou dores avisar logo o médico ou procurar uma urgência médica”, enfatiza a doutora Claudia.

Essa é a segunda gestação de Adilene Santos Gama, 25 anos, que mora no município de Gurupá, na Ilha do Marajó. Duas tias e duas primas de Adilene já tiveram gestações gemelares, mas só em sua segunda gestação que ela teve gêmeas. As crianças nasceram com 32 semanas, a primeira a nascer foi a Benedita Vitória pesando 1.670g, depois veio a Maria Ariela pesando 1.715g.

“Viemos de avião porque eu já estava entrando em trabalho de parto e chegamos 6h e umas 14h eu já estava tendo as minhas filhas. Quando elas nasceram foram direto para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), depois de dois dias vieram para a Unidade de Cuidados Intermediários (UCI). Quando cheguei me senti um pouco insegura porque entrava em um lugar desconhecido, mas fui muito bem acolhida por todos”. 

Adilene Santos Gama (1)Quando fiquei internada sempre ia visitar elas na UTI e deixava o leite. Tive alta em um dia e no outro elas vieram para a UCI. Aqui eles me orientaram sobre como cuidar delas, e também aprendi muito lá no Banco de Leite. Me ensinaram como estimular mais para produzir o leite e também na questão de deixá-las bem quietinhas para não perderem peso. Tudo isso foi novo para mim”, diz Adilene.

Cuidados no pós-parto -  A médica Claudia Castro reforça os cuidados no pós-parto, “principalmente no pós parto imediato é com a contração uterina adequada, pois devido a generalidade há um aumento do volume uterino em relação a uma gestação única, havendo possibilidade de hemorragia pós-parto”.

Realizar as medicações, continuar o uso das vitaminas, amamentar adequadamente (sendo que a amamentação ajuda na contração uterina e na evolução evitando o risco de hemorragia pós-parto), verificar se o sangramento está adequado, e em qualquer dúvida procurar um atendimento médico. É importante que também que se pense no planejamento familiar para que não venha a engravidar logo em seguida.