Uepa: abertura do Projeto Falando Nisso ocorre virtualmente nesta terça (30)
Roda de debates é promovida pelo Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia Bilíngue e terá como temática a Síndrome de Down
O Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia Bilíngue da Universidade do Estado do Pará (Uepa) realizará a primeira roda de debates do Projeto Falando Nisso nesta terça-feira, 30, às 15h, na página do Centro de Ciência Sociais e Educação (CCSE), no Facebook. O evento, aberto e gratuito, abordará a temática da Síndrome de Down.
Adiado por conta da pandemia, o início do Projeto objetivará chamar atenção para a valorização de crianças e adultos com Síndrome de Down, assim como jogar luz, de maneira interdisciplinar, sobre questões gerais relacionadas à vivência das pessoas com Down.
Com enfoque direcionado à exposição de ideias e realidade da pessoa com deficiência, abarcando uma série de aspectos como saúde, direito, trabalho, esta é uma das primeiras explanações fruto do Projeto. “Para cada data alusiva às pessoas com deficiência, o 'Falando Nisso' terá debates organizados, sempre trazendo a perspectiva educacional, familiar e pessoal”, esclarece a professora Joaquina Nogueira, coordenadora e uma das responsáveis pelas atividades de extensão.
Para Nogueira, a Lei Brasileira de Inclusão (nº 13.146/2015) representa um avanço, pois há uma precisão de “orientar e informar a sociedade sobre questões que envolvem as pessoas com deficiência”. Além disso, acredita que a divulgação e debate ajudam na contínua criação de espaços inclusivos e políticas positivas. “Quando divulgamos e discutimos a respeito, aumentamos a possibilidade de que esses direitos legalmente assegurados sejam materializados em políticas públicas adequadas”, explica.
Acerca dos estigmas históricos relacionados à Síndrome de Down, que prejudicaram diversos indivíduos, Joaquina pontua que, para superá-los, as primeiras barreiras a serem eliminadas são o preconceito e a exclusão decorrente da concepção do outro como um sujeito de “não direitos”. E acrescenta que atrelado a isto está o tolhimento de aptidões.
“O desconhecimento e não reconhecimento de habilidades, capacidades e estilos de manifestações é o principal segregador. E isso também observa-se no ambiente familiar, em que a família infantiliza (o indivíduo) e esse processo se estende para outros espaços sociais, a exemplo, a escola”, avalia.
Isabele Paiva, convidada para falar sobre sua experiência, por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras) afirma estar feliz e emocionada com o convite. "Eu me sinto honrada, privilegiada de ter sido convidada para participar dessa live. Em segundo lugar, coloco a palavra oportunidade para fazer parte desta primeira transmissão do projeto Falando Nisso, na qual vou falar sobre a minha história", pontua. E diz ainda que: "É uma oportunidade que tenho de mostrar para quem vai me ver que existem várias maneiras de se comunicar. E de dizer: não falem de nós sem a nossa presença. A inclusão não tem volta".
Serviço:
Projeto Falando Nisso: Síndrome de Down
Data: terça-feira (30)
Página: Facebook Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE)
Horário: 15h
Custo: Gratuito
Confira: cartaz e programação
Para mais informações: (91) 98112-0708/ (91) 98461-7208/ (91) 98461-7208.
*Texto: Wesley Lima, estagiário de jornalismo na Ascom Uepa.