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Pará mantém a maior geração de postos formais de trabalho na construção civil

De fevereiro de 2020 a janeiro deste ano, foram criadas mais de 5 mil vagas no setor. Obras públicas estaduais contribuem para esse saldo positivo.

Por Bruna Brabo Secom (SECOM)
23/03/2021 18h43

Obras públicas em várias regiões são essenciais na geração de postos de trabalho, mesmo durante a pandemiaCanteiros de obras se espalham por todas as regiões do território paraense, corroborando o estudo divulgado, nesta terça-feira (23), pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA), cujos dados mostram que o Pará foi o estado que mais gerou empregos formais no setor da construção civil, no período de fevereiro de 2020 a janeiro de 2021. Nesse período, foram abertos 5.273 postos de trabalho.

Segundo o estudo, a maioria dos estados do Norte do Brasil apresentou saldo positivo no comparativo entre admitidos e desligados, com destaque ao Pará, com a geração de 5.273 postos de trabalho, seguido pelo Tocantins, com a geração de 3.676 postos, e de Roraima, que registrou 1.545 postos de trabalho.

Desde o início da gestão, o governo do Estado deu andamento a obras de grande porte nas áreas de saúde, infraestrutura, habitação, saneamento, educação e mobilidade urbana. Mesmo diante de uma crise sanitária que atinge todos os países, o Executivo concentra esforços para executar obras necessárias, que ajudam a gerar empregos diretos e indiretos, e a manter a economia aquecida.Na capital e no interior do Estado as obras avançam, melhorando a mobilidade e gerando emprego e renda

As obras do Projeto Nova BR, de requalificação da Rodovia BR-316 - principal via de entrada e saída de Belém -, integram um amplo projeto de mobilidade urbana, que vai beneficiar cerca de 2,5 milhões de pessoas. O projeto começou a ser executado na atual gestão, com previsão de conclusão dos mais de 10 quilômetros incluídos no projeto até o final deste ano. Só nas várias frentes de obras atuam 630 trabalhadores.Wilson Fernandes, analista de Qualidade na obra de requalificação da Rodovia BR-316

“Eu estava trabalhando pelo interior do Pará, e quando veio a pandemia muitas obras pararam. Acabei retornando para minha cidade de origem, Salvador (BA), onde fiquei desempregado por três meses. A gente fica preocupado, a ansiedade de querer passar por esse momento e voltar a trabalhar é grande. Foi quando uma colega de trabalho me ligou para trabalhar na obra de requalificação da BR-316. Toda a obra de infraestrutura tem o desafio da engenharia e o legado para a sociedade. A gente que trabalha aqui hoje, e que vê a dificuldade de locomoção e da mobilidade urbana, vê que o projeto é muito interessante para o próprio crescimento de Belém”, disse Wilson Fernandes, analista de Qualidade, que atua no projeto Nova BR. 

Esse cenário também é decorrente das articulações e das políticas de emprego que vêm sendo desenvolvidas pela Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster).

Impulso - “Este resultado está claramente ligado ao trabalho que o governo vem realizando com a atração de novos investimentos, o que permite dar estrutura e infraestrutura para implantação de novas empresas e o impulso na construção de grandes obras. O Pará tem se adiantado com proposições e projetos econômicos, sobretudo aos mais vulneráveis, aos trabalhadores essenciais. O novo pacote econômico apresentado pelo governo (R$ 500 milhões para reduzir os impactos da pandemia em vários setores) nos dá condições de pensar em situações melhores daqui pra frente”, reforçou o titular da Seaster, Inocencio Gasparim.As intervenções nas vias urbanas também são decisivas no saldo positivo de geração de postos de trabalho

As obras na Região Metropolitana de Belém continuam avançando mesmo com cinco municípios em lockdown (https://agenciapara.com.br/noticia/25945/), por se enquadrarem como essenciais, de acordo com o Decreto Estadual nº 800/2020, e serem  importantes avanços na mobilidade e qualidade de vida da população.

“Fazer uma obra de grande porte em plena pandemia é um desafio logístico por causa da escassez dos produtos. Um desafio com a saúde dos trabalhadores e com o projeto, pois são obras de grande importância para a comunidade de Belém”, disse o analista Wilson Fernandes.