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'WI-FI SOLIDÁRIO'

Escola Estadual Santo Afonso completa 59 anos garantindo o ensino na pandemia

A unidade escolar localizada em Belém desenvolve projeto que permite aos alunos acesso às aulas virtuais

Por Lilian Guedes SEDUC (SEDUC)
05/03/2021 20h48

A Escola Estadual de Ensino Fundamental Santo Afonso, no bairro do Telégrafo, em Belém, completou 59 anos nesta sexta-feira (5). A celebração, com uma programação totalmente virtual, incluindo música, hino da escola e danças tradicionais, marcou a data na instituição, que mesmo com quase seis décadas de existência vem se adequando para superar os desafios impostos pela pandemia de Covid-19.

Uma das estratégias adotadas para garantir o ensino durante a crise sanitária é o Projeto "Wi-Fi Solidário", que visa amenizar a dificuldade de acesso dos alunos às aulas virtuais. A iniciativa consiste no compartilhamento de internet com os demais estudantes que não possuem conexão à rede. De acordo com o diretor da Escola Santo Afonso, Máximo Rogério Barros, a ideia surgiu após o mapeamento do público-alvo da ação, que verificou os problemas de conexão enfrentados por grande parte dos moradores do bairro.Construída pela Congregação dos Padres Redentoristas da Amazônia, a Escola Santo Afonso integra a rede pública estadual de ensino

“Os estudos demonstraram que a maioria dos alunos possui algum tipo de acesso à internet. Porém, um número significativo não possui. Dialogando com os pais ou responsáveis, identificamos muitas pessoas querendo ajudar e dispostas a compartilhar o seu Wi-Fi com os estudantes. Diante disto, o projeto pretende agrupar pessoas dispostas a permitir que a comunidade da Escola Estadual Santo Afonso possa, nesse momento de pandemia, utilizar a conexão das suas residências”, explicou o gestor.

A coordenação mapeou todos os estudantes que possuem Wi-Fi, dados móveis e outros recursos, e identificou por quais ferramentas as pessoas acessam a internet, como celular, tablet ou computador. Segundo o diretor, quem não dispõe de conexão às redes também consta do levantamento, por isso a coordenação do projeto sabe, exatamente, para quem entregar as atividades impressas. O diretor Máximo Rogério Barros, que foi aluno da escola, inova ao adequar o ensino aos tempos de pandemia

“Estamos trabalhando com o Google Classroom, redes sociais, Google Meet e cadernos de atividades estruturantes e compêndios (impressos). Nas salas de aulas virtuais, o professor publica vídeos explicando os conteúdos de aprendizagem, o PDF com o assunto para estudar e os exercícios no Google Forms para serem resolvidos. Vale ressaltar que o PDF e as atividades são entregues de maneira impressa, para os alunos que não têm acesso à internet”, acrescentou Máximo Rogério Barros

Trajetória - A escola foi construída em 1962 pela Congregação dos Padres Redentoristas da Amazônia, que desde então é responsável pela Paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Na época, o vigário paroquial, padre Leão Tong, deu início às atividades de aprendizagem, no dia 5 de março de 1963.

Dez anos depois, a unidade escolar implementou o ensino de 1º grau e se integrou à Escola Primária Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. As duas instituições acabaram unidas com a denominação de “Escola de 1º Grau Santo Afonso”, por meio da Resolução nº 75/1973, do Conselho Estadual de Educação (CEE-PA).

No período de 2004 a 2009, a gestão da escola era designada por um ato da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Em março de 2005, a Secretaria encerrou o convênio e se transformou na locatária do prédio. Desde então, a unidade de ensino passou a se chamar, definitivamente, “Escola Estadual de Ensino Fundamental Santo Afonso”.

Localizada na Rodovia Arthur Bernardes, no bairro do Telégrafo, a escola atualmente oferece o Ensino Fundamental I e II (1º ao 9º ano), nos turnos da manhã e da tarde. Já o período noturno é reservado à Educação de Jovens e Adultos (EJA), da 1ª a 4ª Etapa. Ao todo, a unidade escolar possui 20 turmas de 1º ao 5º ano, 20 turmas do 6º ao 9º ano e oito turmas de EJA, totalizando 48 turmas e 1.387 estudantes.

O diretor Máximo Rogério Barros tem muitos motivos para considerar uma honra ser o responsável pela gestão da unidade de ensino. “Sou morador da comunidade do Telégrafo há 40 anos. Sou filho de uma professora, fui aluno, atleta, participei de um grupo de teatro, fui coordenador do ‘Mais Educação’, presidente do Conselho Escolar e hoje, tenho a honra de ser o gestor eleito pela comunidade escolar para zelar por este espaço. Estou muito feliz em fazer parte deste momento especial”, afirmou Máximo Barros. (Texto: Vinícius Leal, com colaboração de Rodrigo Moraes - Ascom/Seduc).