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Seduc realizou mais de 552 mil atendimentos aos alunos da Educação Especial em 2020

De acordo com o balanço, mais de 10 mil estudantes da rede pública estadual receberam o suporte especializado da Coordenadoria de Educação Especial, no ano passado

Por Lilian Guedes SEDUC (SEDUC)
16/02/2021 11h49

Ações alcançaram quase 800 escolas da rede pública estadual (foto tirada antes da pandemia)Durante o ano de 2020, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), por meio da Coordenadoria de Educação Especial (Coees), promoveu diversas iniciativas educacionais aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, com autismo, altas habilidades-superdotação e aos que se encontram em tratamento hospitalar ou domiciliar. As ações visam integrar os estudantes aos componentes curriculares do sistema regular de ensino.

Neste sentido, com o apoio da sua equipe técnica, a Coees desenvolveu múltiplas atividades simultâneas para garantir o aprendizado do público-alvo da Educação Especial, através do Núcleo de Avaliação Educacional Especializada (Naee), do Programa de Formação e Assessoramento (Profass) e do Núcleo de Programas, Projetos, Planejamento e Convênios (Nuplac). A Coordenadoria também contou com o apoio de outras unidades, centros e núcleos especializados, bem como de instituições conveniadas à Seduc, durante todo o processo.

Além dos serviços administrativos, foram implementadas iniciativas que visam o acompanhamento e monitoramento dos programas de aprendizagem, assessoramento técnico-pedagógico das escolas e instituições especializadas em Atendimento Educacional Especializado (AEE), formações continuadas dos educadores e avaliações educacionais. Todas essas ações objetivam promover a qualificação dos trabalhos durante a execução da Política de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva.

Seduc dispõe de 651 professores especializados em Educação Especial (foto tirada antes da pandemia)ATENDIMENTOS ESPECIALIZADOS

As Unidades Educacionais Especializadas (Uees), vinculadas à Seduc, oferecem diversos serviços, como o de instrução profissional e inclusão no mercado de trabalho, cursinho pré-vestibular para os alunos surdos (Vestibulibras), orientação e mobilidade para deficientes visuais - cegos, alfabetização no sistema braille e o programa “De Boa Visão”, que busca estimular entre os estudantes a prática de atividades esportivas, culturais, entre outras iniciativas.

Em 2020, foram realizados mais de 552 mil atendimentos, sendo que desse total, 10.398 são de alunos público-alvo da Educação Especial, em 788 escolas da rede pública estadual. Atualmente, a Seduc dispõe de 651 professores especializados em Educação Especial, distribuídos nas 18 Unidades Seduc na Escola (USEs) e nas 22 Unidades Regionais de Ensino (UREs), atuando diretamente em turmas do AEE, por todo o Pará.

(foto tirada antes da pandemia)AÇÕES INCLUSIVAS

Apesar das limitações impostas pela pandemia da Covid-19, não houve diferença na disponibilização de materiais educativos entre os estudantes com deficiência e os que estão no sistema regular de ensino. A Seduc, de forma isonômica, garantiu o atendimento não presencial aos alunos público-alvo da Educação Especial, por meio de várias ferramentas digitais, como: videochamadas, Google Meet, além de vídeos via WhatsApp.

Para quem fosse buscar as atividades impressas adaptadas, os professores se organizaram de forma gradual e por escala, para receber os pais ou responsáveis nas Uees, com o intuito de evitar aglomerações e a contaminação pelo novo coronavírus. Após um período estipulado, os familiares retornavam às escolas para devolver os cadernos de exercícios resolvidos e receber um novo, com tarefas específicas para a modalidade de ensino.

Já para os alunos matriculados na rede estadual em situação de tratamento hospitalar ou domiciliar, desde o dia 6 de janeiro, a Seduc voltou a distribuir cadernos de atividades estruturantes e compêndios, dando continuidade ao ensino remoto – aplicado desde a suspensão das aulas presenciais, no dia 18 de março de 2020, por causa da pandemia.

A iniciativa faz parte do programa Classe Hospitalar e Atendimento Domiciliar (CHAD), que visa assegurar o aprendizado dos alunos enquanto estiverem realizando os seus procedimentos médicos. Em decorrência da crise sanitária mundial do novo coronavírus (Covid-19), as atividades desenvolvidas dentro dos hospitais atendidos pelo projeto tiveram que ser suspensas, para não expor os estudantes ao contágio.

Para os alunos surdos, também foi assegurada a acessibilidade comunicacional durante as aulas do movimento “Todos em Casa Pela Educação”, transmitidas pela TV Cultura do Pará. Os intérpretes traduziam os conteúdos de aprendizagem para a Língua Brasileira de Sinais (Libras), dessa forma, garantindo que os estudantes participassem das videoaulas.

Felipe Linhares, da Coordenadoria de Educação Especial da SeducO coordenador do Coees, Felipe Linhares, pontuou os procedimentos que serão realizados quando ocorrer o retorno das atividades em sala de aula, além de ressaltar que o ano letivo de 2021 está dando continuidade às ações, abordagens e procedimentos desempenhados aos alunos público-alvo da Educação Especial, no ano passado.

“Estamos aguardando ansiosos para o retorno das atividades escolares de maneira presencial, pois os nossos alunos da Educação Especial vão passar por um fluxo, que trata de uma avaliação inicial para verificarmos o desenvolvimento, as habilidades e o perfil, e a partir daí, através dos resultados dessa avaliação inicial, será elaborado um Plano de Desenvolvimento Individual – PDI, com os atendimentos semanais de cada aluno e, ao final de cada período, serão emitidos relatórios, apontando o caminhar e a trajetória desses estudantes”, ressaltou Linhares.

(foto tirada antes da pandemia)Ainda de acordo com o gestor, essas atividades planejadas representam uma adaptação feita diante dos conteúdos previstos para a referida série dos alunos, de forma a atender as particularidades deles, perante às suas necessidades. Considerando que a Seduc adotou o currículo continuum, os estudantes das turmas inclusivas seguem as mesmas prerrogativas dos demais, e contam com o suporte pedagógico especializado necessário para esta modalidade educacional.

“Acredito que temos um desafio muito grande pela frente, por conta das particularidades existentes na Educação Especial. No entanto, cada momento é um novo aprendizado e os desafios estão sendo superados dia após dia, a fim de garantir o atendimento dos nossos alunos, independentemente da situação epidemiológica que o nosso Estado estiver”, finalizou Felipe Linhares.

*Texto: Vinícius Leal com colaboração de Wavá Bandeira.