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Especialista do Ophir Loyola alerta para a prevenção do câncer de pele

Referência estadual em oncologia, o hospital destaca a importância de diagnóstico, tratamento e prevenção orientados pelos especialistas, neste Dia do Dermatologista

Por Leila Cruz (HOL)
05/02/2021 14h52

Hoje, 05 de fevereiro, é celebrado o Dia do Dermatologista e o Hospital Ophir Loyola, referência estadual  em oncologia, chama atenção para a importância da consulta com o profissional, cuja habilidade vai muito além da manutenção da beleza da pele. O médico especialista em dermatologista  atua no diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças como o câncer de pele não melanoma, tipo mais frequente no Brasil.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que, para cada ano do triênio 2020-2022, são diagnosticados 83.770 casos novos em homens e de 93.170 em mulheres. 

As altas temperaturas requerem cuidados redobrados quando se fala em câncer. Até o final de 2021, no Pará, são esperados 760 casos novos de câncer de pele não melanoma em homens e 900 casos em mulheres, enquanto  são estimados 30 casos de câncer de pele do tipo melanoma em homens e 20 casos em mulheres.

Atualmente, o Hospital Ophir Loyola atende 495 pacientes com a doença, desse total 277 são do sexo masculino e 218 feminino. Há um ano, o aposentado, Mauro Vanderli Monteiro de Rezende, 62 anos, está em tratamento contra neoplasia maligna de pele.

Mauro Rezende passou a infância e parte da vida adulta exposto ao sol, trabalhou fazendo pesquisas de campo e não tomava os devidos cuidados. Durante anos, Mauro conviveu com um “sinal de carne”. Em 2018, enquanto cortava o cabelo, o cabeleireiro passou o pente com força no local, o que ocasionou uma lesão. A partir disso, o ferimento começou a evoluir e ficar exposto. Foi quando o paciente decidiu procurar atendimento médico, realizou exames e foi diagnosticado. 

A dermatologista e especialista do HOL, Simone Carvalho, explica que o tipo melanoma é o mais agressivo. "Esses tipos de tumores podem sair da pele atingindo qualquer órgão,  podem surgir em qualquer parte do corpo, pele ou mucosas na forma de manchas, pintas ou sinais. No entanto, podem mudar de cor, tamanho e causar sangramentos. Por isso, é importante observar a própria pele, constantemente, e procurar imediatamente um dermatologista caso detecte qualquer lesão suspeita”, alerta.

O câncer de pele não melanoma é o mais comum e apresenta tumores de dois diferentes tipos: Basocelular e  Espinocelular. O Basocelular (CBC) é o mais comum e ocorre nas células basais, que se encontram na camada mais profunda da epiderme. “Tem baixa letalidade e, caso seja diagnosticado de forma precoce, pode ser curado.  Pode, ainda, se desenvolver em áreas não expostas ao sol, embora seja raro. Além da exposição solar excessiva, outros fatores podem contribuir para o aparecimento deste tipo de câncer”, informa a dermatologista.

Em relação ao Espinocelular (CEC), a especialista explica que é o segundo  tipo de câncer mais prevalente dentre todos os tipos de câncer, sendo mais evidente em células escamosas, que constituem a maior parte da camada superior da pele. “Embora seja mais comum em áreas expostas à luz solar direta ( orelhas, rosto, couro cabeludo, pescoço, etc.),  pode se manifestar em todas as partes do corpo”, explica.

Independente do tipo, todas as neoplasias malignas  de pele devem ser tratadas e diagnosticadas em fase inicial. Há diversas formas de tratamento, entre elas estão: medicações  quimioterápicas tópicas, crioterapia (aplicação de nitrogênio no local) cirurgia, radioterapia e em alguns casos quimioterapia. O diagnóstico definitivo é através de biópsia, no entanto, é importante ficar atento às alterações de pele. Os sintomas mais comuns são nódulos, pintas e manchas que não cicatrizam e causam ferimentos. 

Simone Carvalho explica que pessoas de pele e cabelos claros correm mais riscos de ter a doença. "Pessoas com predisposição genética e aqueles com a pele, os cabelos e os olhos muito claros acabam desenvolvendo mais pintas no decorrer da vida por tolerarem pouco a exposição solar. Com isso, têm mais risco de adquirir câncer de pele. Pessoas que sofrem com queimaduras também têm um risco maior”, destaca. 

Para a prevenção ser eficaz, deve-se fazer uso de protetor solar acima do fator 30, o uso de camisas e bonés com proteção, evitar exposições prolongadas ao sol, principalmente nos horários das 10h às 16h. “ É imprescindível que a pessoa observe regularmente a própria pele à procura de pintas ou manchas suspeitas e, no mínimo, consulte o dermatologista uma vez ao ano, para um exame completo”, orienta Carvalho.

*Com informações de Viviane Nogueira.