Governo celebra um ano de sucesso de transplante de samaumeiras na BR-316
Em uma ação inédita, o Governo do Pará celebra um ano do sucesso do transplante de duas samaumeiras que estavam localizadas no canteiro central da rodovia BR-316, na altura do KM 3, para uma das pétalas do viaduto do Coqueiro, em Ananindeua. A operação, nesse porte, foi realizada pela primeira vez na Região Metropolitana de Belém, por meio do Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM). A medida se deu para o andamento das obras da Nova BR, já que as árvores estavam na faixa de domínio de estação de passageiro e do corredor do BRT Metropolitano que estão sendo construídos.
As samaumeiras foram preservadas pelo Estado que optou pelo transplante, embora a supressão vegetal prevista no projeto estivesse licenciada pelos órgãos ambientais. A ação durou cerca de dois dias, sendo realizado o trabalho no dia 31 de janeiro do ano passado e no dia seguinte. As espécies são protegidas por Lei do Município de Belém (nº 7.709/1994), por integrarem o patrimônio histórico e ambiental da cidade.
“Em que pese as árvores estivessem com licença de supressão, o Governo do Estado, por meio do NGTM, optou por compatibilizar o projeto de engenharia com a preservação das espécies que são símbolos da nossa região. E, tendo em vista a importância da questão ambiental para a região e um legado que será mantido para que as futuras gerações possam contemplar as árvores ao longo da BR, fica o registro de que muitas vezes é possível compatibilizar o desenvolvimento com a preservação do meio ambiente”, destaca o engenheiro Eduardo Ribeiro, diretor-geral do NGTM.
Na época, a ação de replantiu mobilizou várias equipes de especialistas para proteger os vegetais que precisaram ser podados e transportados em segurança. A árvore maior possui em torno de 25 anos, tem 10 metros de altura (sem folhagem) e pesa cerca de 15 toneladas. Já a menor, tem em torno de 12 anos, atinge altura de 7 metros (sem folhagem) e pesa cerca de 5 toneladas. Outras três árvores da mesma espécie foram preservadas com a adequação do projeto.
O transplante faz parte do projeto paisagístico da Nova BR que prevê, para os primeiros 10.8 km, o plantio de 26 diferentes tipos de árvores e cerca de 1.500 mudas nos canteiros central e lateral da rodovia. Além disso, demonstra o interesse do Governo com a preservação do meio ambiente a partir da elaboração de estratégias dentro dos projetos de infraestrutura e desenvolvimento, tendo em vista que tais obras só iniciam após o licenciamento ambiental. Esse é um critério contratual das obras que também é monitorado pela Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), financiadora de 78% do projeto.