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Nova parceria fortalece campanha de combate à exploração de crianças e adolescentes

Por Redação - Agência PA (SECOM)
06/04/2017 00h00

Governo do Estado do Pará e o Instituto Liberta estudam parceria para campanha de combate à exploração de crianças e adolescentes da Amazônia. Na manhã desta quinta-feira, 6, o governador Simão Jatene recebeu a diretora presidente do instituto, Luciana Temer, e a cantora Fafá de Belém, para conversar sobre os detalhes da força-tarefa na defesa da manutenção de direitos da infância e juventude.

O Instituto Liberta, sediado em São Paulo, tem como foco o combate a exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil e esta percorrendo o país para identificar as diversas realidades regionais, a fim de produzir campanhas direcionadas para cada região. “Cada lugar tem a sua característica e a gente quer trabalhar com muito cuidado essa questão em cada espaço”, explicou Luciana Temer, que também visitou o Arquipélago do Marajó para conhecer de perto os problemas de exploração e violência sexual que atinge crianças e adolescentes da região.

“Esse é um problema grave e pouco discutido. Nossa intenção é jogar luz nessa questão que é muito séria e que destrói a vida de muitos meninos e meninas no Brasil. Mostrar o problema é o primeiro passo para enfrentar essa questão que tem sérias consequências para toda sociedade”, afirmou Luciana Temer.

Durante o encontro, Luciana Temer elogiou o trabalho desenvolvido pela Fundação Pro Paz. “O Pro Paz tem um serviço de atendimento a vítimas de violência sexual que é avançadíssimo no contexto do Brasil. Mesmo agora com iniciativas como a ‘Casa da Mulher Brasileira’ e com a Lei de escuta protegida, sancionada recentemente. O Pará esta há 12 anos fazendo um trabalho integrado, uma iniciativa que ainda está no início em outros Estados”, reiterou a responsável pelo Instituto Liberta. “Eu sei das dificuldades de trabalhar de forma integrada e só posso dar os parabéns para o governo do Pará por ter iniciado esse trabalho há tanto tempo”, reconheceu.

O governador Simão Jatene agradeceu o interesse do instituto e disponibilizou a estrutura do Governo para dar andamento a campanha. “Essa é uma questão prioritária”, afirmou Jatene que disse que o esforço governamental é para o enfrentamento da pobreza e desigualdade. “Precisamos avançar nessa direção. Sinto que o tema da desigualdade começa a sensibilizar mais pessoas do que antes. É importante que todos tenham a consciência de que a desigualdade reflete em todas as mazelas sociais”, reforçou Jatene.

O secretário de Estado de Comunicação, Daniel Nardin, e o presidente da Fundação Pro Paz, Jorge Bittencourt, acompanharam a reunião e apresentaram o trabalho integrado que o Governo vem desenvolvendo com campanhas de conscientização em todo o Estado. “Começamos com a campanha de violência contra a mulher, que gerou bons resultados, e vamos continuar trabalhando com campanhas nesse perfil durante todo o ano”, informou Nardin. “A gente fica muito feliz quando uma organização com uma dimensão de acesso a mídia nacional, como o Instituto Liberta, vem somar com o governo do Estado, com o trabalho que já é feito tanto pela rede do governo como pela sociedade civil aqui na nossa região”, avaliou Jorge Bittencourt.

A cantora Fafá de Belém foi quem apresentou as necessidades da região amazônica para o Instituto Liberta e trabalhou na articulação para criar uma campanha que trabalhe no âmbito das peculiaridades da região. “Nossa realidade única, paraoara, cabocla. Os problemas que enfrentamos também têm essas características”, avaliou a cantora que, ao regressar ao Para após 40 anos, voltou a ter contato com as duras realidades, como a prostituição infantil.

Para a artista paraense é importante colocar luz sobre o assunto, apontando os responsáveis, sem criminalizar as vítimas. “Elas não são culpadas. São elas que têm a juventude e a infância completamente abreviadas e muitas não conhecem outra forma de vida. É preciso todos nós cuidarmos das nossas crianças e adolescentes. Ter consciência de que todas as meninas e meninos que estão nas esquinas, na curva do rio, são  vítimas de um processo que precisa acabar”, destacou Fafá.