Prevenção: Estado amplia quantidade de leitos clínicos e de UTI no Baixo Amazonas e Tapajós
Leitos atenderão cidades paraenses que estão na divisa com o Amazonas, como Faro, Juruti, Terra Santa, Óbidos e Oriximiná, além de Itaituba
De forma preventiva, o Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), aumentará, durante a próxima semana, a quantidade de leitos clínicos e de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) disponíveis para os pacientes com Covid-19 nas regiões do Baixo Amazonas e Tapajós. Ao todo, serão 90 UTIs e 34 leitos clínicos, divididos entre os Hospitais Regionais do Tapajós, em Itaituba; do Baixo Amazonas, em Santarém; e Hospital 9 de Abril na Providência de Deus, no município de Juruti.
Ao todo, serão 90 UTIs e 34 leitos clínicos, divididos entre os Hospitais Regionais do Tapajós, Baixo Amazonas e Hospital 9 de Abril na Providência de DeusO município de Itaituba, que atualmente conta com 30 leitos de UTIs, transformará 30 leitos clínicos em Unidades de Tratamento Intensivo, totalizando 60 UTIs, junto aos 24 leitos clínicos. Em Santarém, serão abertos, na próxima segunda-feira (18), mais quatro leitos de UTI, totalizando 20 leitos de UTI e cinco leitos clínicos exclusivos para pacientes com Covid-19 no Regional.
Na segunda-feira (18), será lançado o serviço Porta Aberta de Politrauma no Regional de Itaituba, para garantir 10 leitos de UTI Politrauma e 54 leitos clínicos de trauma.
No município de Juruti, divisa com o estado do Amazonas, o Governo do Pará disponibilizou 10 leitos de UTIs, que já estão prontos, desde o início da tarde deste sábado (16), para receber os pacientes que necessitarem. Duas pessoas estão em processo de transferência para os novos leitos: um de Juruti, que está sendo transferido do Hospital Municipal, e outro da cidade de Faro.
Ainda que a região Oeste do Pará apresente estabilidade de casos e internações, a estratégia é para garantir suporte, especialmente, aos municípios da região da Calha Norte, como Faro, Juruti, Terra Santa, Óbidos e Oriximiná.
“Queremos atender as cidades que compõem a Calha Norte, evitando que a estrutura e rede hospitalar de Santarém seja sobrecarregada. Mesmo com a estabilidade, queremos estar prontos para atender qualquer necessidade de pronto” - Rômulo Rodovalho, titular da Sespa.
Também estão sendo enviados médicos intensivistas, que garantam o atendimento de casos de alta complexidade, caso haja necessidade. O Hospital 9 de Abril conta também com cinco leitos clínicos.
A diretora-geral do 9º Centro Regional de Saúde da Sespa em Santarém, Aline Cunha, explica que foi realizada uma visita técnica na última quinta-feira (14), que identificou a importância de disponibilizar, preventivamente, os leitos de UTI para descentralizar os atendimentos na região.
“Sabemos que a nossa região é divisa com o Amazonas e acompanhamos a explosão de casos no estado vizinho, então entendemos que deveríamos agir de forma preventiva, redobrando os cuidados, inclusive, as barreiras sanitárias. Estamos fazendo tudo o que é possível pela segurança e saúde dos paraenses”, ressalta.
O secretário regional de Governo do Oeste do Pará, Henderson Pinto, afirmou que com o fechamento das divisas dos transportes hidroviário e rodoviário, órgãos estaduais trabalham integrados para garantir o cumprimento das medidas.
“Estamos com equipes de segurança pública da Polícia Militar e também com apoio do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp), para reforçar a barreira e conter a passagem de pessoas que venham do Amazonas. É uma ação preventiva para que não aconteça no Pará o que está acontecendo no estado vizinho”, explica o secretário Henderson.
Insumos
Gestores da Sespa estiveram reunidos, na sexta-feira (15), com fornecedores de gases para monitorar a situação e antecipar ações para que o produto não falte no Pará. Os níveis de oxigênio seguem regulares no Estado, atendendo com normalidade as demandas, sendo que há duas fábricas do produto no Pará, além de duas unidades de envasamento de cilindros. O Estado conta com uma capacidade de 58 mil metros cúbicos diários, quantidade que consegue atender toda a demanda do Pará e Amapá. O Pará também pode fornecer suporte logístico a outras regiões do país, se necessário.