Sespa promove seminário sobre avanços no tratamento da doença de Parkinson
Com o objetivo de promover debates e dar visibilidade aos tratamentos disponíveis, técnicos da Coordenação de Saúde do Idoso, da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), farão uma programação alusiva ao Dia Mundial de Combate à Doença de Parkinson - 11 de Abril. No próximo dia 18 (terça-feira), na Faculdade Integrada Brasil Amazônia (Fibra), será realizado um seminário sobre os avanços e novas técnicas utilizadas no tratamento da doença.
Os interessados devem se inscrever pelo e-mail (idadeativasespa@yahoo.com.br), ou no dia do evento. As vagas serão limitadas.
Com o tema “Conhecer os sintomas da doença de Parkinson: um caminho para o diagnóstico precoce”, o seminário contará com a participação do médico geriatra Karlo Moreira, do ambulatório de Geriatria e Neurologia do Hospital Universitário João de Barros Barreto, uma das referências no tratamento da doença no Pará.
A doença de Parkinson é neurodegenerativa. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), ela acomete 1% da população mundial com idade superior a 65 anos. No Brasil, estima-se que cerca de 200 mil pessoas tenham Parkinson. Além dos problemas motores mais conhecidos, várias manifestações não motoras podem surgir à medida que a doença progride, inclusive sintomas psicóticos.
Remédios gratuitos - O Sistema Único de Saúde (SUS) já garante o acesso a diversos medicamentos para tratamento de Parkinson, que podem ser retirados gratuitamente nas unidades de saúde, em farmácias que dispensam medicamentos do componente especializado, ou ainda por meio do Programa Farmácia Popular.
A coordenadora estadual de Saúde do Idoso, Valdinéa Coelho de Almeida, informou que o atendimento inicial é feito na Unidade Básica de Saúde, que encaminha o paciente para tratamento da doença no Hospital de Clínicas Gaspar Vianna ou Hospital Universitário Barros Barreto, que mantém um Ambulatório de Geriatria e Neurologia.
Sobre os medicamentos, os de componente básico são oferecidos pelas Unidades Básicas de Saúde e Estratégia Saúde da Família. Mas os de componente especializado, de alto custo, somente são fornecidos pelos centros de referência, como o Hospital Barros Barreto, Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, Unidade Básica de Saúde do Marco - mantida pela Universidade do Estado do Pará (Uepa); Unidade de Referência Materno-Infantil (Uremia); Unidade de Referência Especializada (URE) Doca; URE Presidente Vargas; URE Demétrio Medrado; Uredipe; Centro de Apoio Psicossocial (Caps) no distrito de Icoaraci; Casa do Idoso (em Belém); Unidade Farmacêutica do Cesupa (Centro Universitário do Pará); 10º Centro Regional de Saúde, em Altamira (Região do Xingu); 11º Centro Regional de Saúde (CRS), em Marabá (sudeste paraense); 12º CRS, em Conceição do Araguaia (região sul); Hospital Regional do Baixo Amazonas, em Santarém (oeste); Hospital Regional de Tucuruí (sudeste); Hospital Regional de Redenção (sul) e Hospital Regional da Transamazônica, em Altamira.
Ações educativas - “Queremos descentralizar cada vez mais essa oferta, mas para isso é preciso que haja profissionais capacitados para o atendimento de pacientes com Parkinson”, disse Valdinéa de Almeida, acrescentando que aproximadamente 5.200 pessoas tenham a doença de Parkinson no Pará.
Abaixo de 60 anos, a proporção cai para 1 a 2 indivíduos por 100 mil habitantes, o que afetaria em torno de 50 indivíduos abaixo dos 60 anos. Além de sensibilizar os gestores municipais, a Coordenação Estadual atua na área educativa, com palestras e distribuição de folders sobre a doença, “que faz sofrer o paciente e a família, porque tem todo um lado emocional envolvido”, ressaltou Valdinéa de Almeida.
O Dia Mundial de Combate à Doença de Parkinson foi estabelecido pela Organização Mundial de Saúde em 1998, com o objetivo de esclarecer sobre a doença e divulgar as possibilidades de tratamento, para que o paciente e sua família tenham uma melhor qualidade de vida. O quadro foi identificado pela primeira vez em 1817, pelo médico inglês James Parkinson, nascido em 11 de abril, que descreveu os principais sintomas da doença, publicados no “Ensaio sobre a Paralisia Agitante”.
Serviço: Seminário “Conhecer os sintomas da doença de Parkinson: um caminho para o diagnóstico precoce”, dia 18 de abril (terça-feira), das 8 às 12 h, na sala 402 da Faculdade Integrada Brasil Amazônia (Fibra), na Avenida Gentil Bittencourt, entre a Avenida Generalíssimo Deodoro e a Travessa 14 de Março. Mais informações pelo e-mail: idadeativasespa@yahoo.com.br
Programação do seminário
8h20 às 8h30: Credenciamento e abertura.
8h30 às 09 h: A Doença de Parkinson, os sintomas e comprometimento na vida do paciente. Palestrante: Karlo Edson Santana Moreira (médico geriatra), seguido de debate.
09 às 09h45: Mesa-redonda “Equipe multiprofissional no processo de reabilitação da pessoa com Parkinson”, com os palestrantes João Sergio Oliveira (fisioterapeuta), Kátia Omura (terapeuta ocupacional) e Elizabeth Araújo (psicóloga), seguido de debate.
09h45 às 10h15: Acesso aos medicamentos no SUS, com a palestrante Agnes Kaminosono, diretora de Assistência Farmacêutica da Sespa.
10h15 às 10h25: Intervalo.
10h25 às 10h55: Considerações sobre o Programa de Treinamento Resistido às Pessoas com Doença de Parkinson, com o palestrante Erick Artur Alves, coordenador do programa pela Uepa, seguido de debate.
10h55 às 12 h: Painel com a representação da Associação dos Parkinsonianos do Pará, com o tema “O papel da Associação junto aos portadores de Parkinson e seus familiares”.
12 h: Encerramento.
