Servidores do Pará têm a 11ª melhor remuneração média do País
A remuneração média do servidor estadual paraense é a 11ª melhor do país e está acima da média nacional. O dado foi publicado (veja aqui) nesta segunda-feira, 10, pelo jornal O Globo e levou em consideração levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). De acordo com a pesquisa, os salários dos servidores estaduais subiram cerca de 60,3% em relação a 2006, acima da média nacional dos servidores estaduais que foi de 50,8%.
Ainda de acordo com a pesquisa, no mesmo período, a renda média do trabalhador brasileiro cresceu bem menos, apenas 21% passando de R$ 1.535 para R$ 1.866, valor bem abaixo da média do funcionalismo público estadual no Brasil, que é de R$ 5.300.
Compromisso - Nos últimos anos, o governo estadual priorizou a elevação da remuneração e a concessão de reajustes que garantissem a reposição inflacionária do período e ganhos reais para todas as categorias, evitando, desta forma, o acúmulo de perdas salariais, portanto o ganho médio real do servidor estadual no Pará em cinco anos ficou acima de 30%.
Equilíbrio - A situação fiscal e financeira do Pará requer cautela em relação ao aumento de despesas, assim como já ocorre na maioria dos Estados. Muitos governos estaduais estão com alto comprometimento de gastos em relação aos limites impostos pela LRF.
De acordo com a secretária estadual de Administração, Alice Viana, o Pará tem sofrido limitações em sua capacidade de ampliação de despesas, devido a crise econômica que tem provocado queda no repasse de transferências de recursos do governo federal, e queda na arrecadação estadual que em relação a 2016 reduziu cerca de 2,5%. E em que pese estar com as contas públicas em situação de relativo equilíbrio em relação ao comprometimento da receita corrente líquida em 45,5%, quando o limite prudencial é de 46,17%, já ultrapassando o limite de alerta da Lei de Responsabilidade Fiscal. Justamente por isso, o Executivo Estadual vem tomando medidas necessárias à contenção de gastos, evitando, assim, atrasos de salários aos servidores e prejuízos para a população na prestação de serviços.
"Mesmo com a perda de R$ 600 milhões de receita transferida do governo federal em 2016 e com a queda da receita própria do Estado em 2,5% em relação a 2016, o esforço de gestão é de extremo controle sobre as despesas para a manutenção do pagamento do funcionalismo, que soma cerca de 150 mil servidores ativos, inativos e pensionistas e uma folha no valor R$ 750 milhões, em dia", explicou Alice Viana.