Governo certifica mais 12 agroindústrias de produtos de origem vegetal
Os certificados concedidos pela Adepará foram entregues por Helder Barbalho a produtores em São Félix do Xingu, junto com títulos de propriedade da terra
Mais 12 produtores paraenses receberam certificados de agroindústrias de produtos de origem vegetal, concedidos pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará). Os títulos foram entregues aos produtores pelo governador Helder Barbalho, em São Félix do Xingu, município do sudeste do Pará, nesta sexta-feira (4). As empresas passam a comercializar legalmente, e de acordo com as normas de higiene sanitária, polpas de frutas, incluindo goiaba, açaí, carambola, muruci e acerola.O governador Helder Barbalho durante a entrega dos certificados da Adepará para produtores de São Félix do Xingu
Junto com os certificados, o governo do Estado entregou 106 adesões ao Programa Territórios Sustentáveis, sendo 130 títulos de propriedade de terra. A regularização fundiária é uma das metas do “Plano Estadual Amazônia Agora”, resultado da força-tarefa que integra órgãos estaduais como o Instituto de Terras do Pará (Iterpa); as secretarias de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) e de Segurança Pública e Defesa Social (Segup); Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater); Banco do Estado do Pará (Banpará); Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-bio), Adepará; polícias Civil e Militar, e Corpo de Bombeiros Militar do Pará.Helder Barbalho com um dos produtores que receberam o título de propriedade rural, ao lado do presidente do Iterpa, Bruno Kono (d) e do titular da Semas, Mauro O’de Almeida
"Este é o programa do governo que nós denominamos 'Amazônia Agora'. E o que queremos fazer aqui em São Félix para servir de exemplo para o Brasil, de que podemos diminuir o desmatamento, mas também podemos garantir a produção da dona Maria, do seu José, que estão a 500 quilômetros daqui, para que possam produzir em suas roças e garantir suas rendas”, ressaltou o governador.
Legalidade - Os certificados de agroindústrias de produtos de origem vegetal contribuem para a verticalização da produção estadual, gerando empregos e movimentando a economia da localidade, e ainda propiciando novos negócios para os produtores. O certificado de qualidade da Adepará também confere legalidade à produção, uma vez que o produtor se adequou às normas sanitárias, atendendo a todas as especificações legais e de higiene sanitária para garantir a qualidade do produto. Dessa forma, é agregado valor de qualidade ao produto, abrindo novas possibilidades de comercialização.
O governador Helder Barbalho e o diretor-geral da Adepará, Jamir Macedo, junto a uma das produtoras contempladas com a certificação“É uma grande satisfação poder chegar nesse momento depois de tanto trabalho, que é fruto de um trabalho integrado entre as instituições parceiras que realizam um árduo processo para chegarmos hoje a este resultado. Essas novas agroindústrias poderão ampliar sua produção e comercializar seus produtos em todos os municípios do Estado, o que, consequentemente, proporcionará mais emprego, circulação de dinheiro e desenvolvimento local do setor agroprodutivo, além de empregos indiretos em toda a cadeia”, avaliou Jamir Macedo, diretor-geral da Adepará, após a cerimônia de entrega.
Selo de Qualidade – As indústrias certificadas acabam movimentando toda a cadeia produtiva, desde o campo até a comercialização final, ressaltou a engenheira agrônoma Gabriela Polaro, gerente de Certificação de Madeira da Adepará. “Esses novos produtores passam a ter o Selo de Qualidade da Adepará e, com isso, também abrem novas possibilidade de comercialização não apenas na comunidade dos produtores, mas com a possibilidade de comercialização em todos os municípios paraenses”, disse a gerente.
Ela acrescentou que “nós, da Agência, entendemos que este trabalho é de suma importância, porque se não houver a agroindústria a produção para no campo. Também já realizamos novos cadastros na região e, partir destes novos cadastramentos faremos estudos e poderemos traçar projetos de políticas públicas para a população da localidade”.