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Internas do Centro de Recuperação Feminino (CRF) produzem árvores de Natal artesanais

As peças já são comercializadas e o dinheiro revertido em brinquedos para os filhos das próprias custodiadas entre outras ações natalinas

Por Vanessa Van Rooijen (SEAP)
02/12/2020 15h18

A produção das árvores de Natal de tecido seguem a todo vapor pelas internas do CRF, em Ananindeua, e já podem ser compradasVisando promover a solidariedade e meios para adquirir brinquedos - que serão entregues como presentes para os filhos das próprias internas - as custodiadas no Centro de Recuperação Feminino (CRF), em Ananindeua, na Regão Metropolitana de Belém, iniciaram a produção de árvores de natal em tecidos. O projeto é da Cooperativa Social de Trabalho Arte Feminina Empreendedora (Coostafe), desenvolvido pela Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP).

São 30 reeducandas envolvidas na produção. Mais de 120 unidades de árvores de tecido já estão disponíveis para venda e tudo o que for arrecadado será investido na aquisição de brinquedos para a garotada e, também, na compra de árvores de natal e do custo do envio dessas árvores para as famílias das custodiadas.

As encomendas podem ser feitas pelo telefone do Centro de Recuperação Feminino (CRF), (91) 3235-4455.  

Para Leilane Barbosa, interna do CRF e presidente da Coostafe, a confecção das árvores representa muito para as internas que trabalham com artesanatos. A expectativa de Leilane é que as árvores sejam bem aceitas e que as famílias fiquem felizes com o recebimento do artigo. “Ela (a árvore) retrata todo o carinho que nós temos por cada produto produzido aqui”, afirmou. 

De acordo com a interna Edneuza Pereira Leão, o projeto foi uma surpresa para as reeducandas. Ela recorda que no início do curso, a produção das árvores pareceu difícil, mas depois as produções começaram e a meta foi alcançada. 

“Graças a Deus conseguimos bater a meta e quando disseram que era para benefício da nossa família, para doar para nossa família, foi melhor ainda”, festejou Edneuza Leão. Ela já participou de vários outros cursos promovidos pela Seap, e de acordo com a reeducanda, os cursos contribuirão para a sua vida em liberdade.

“Estou aprendendo a cada dia coisas novas e eu quero levar isso para minha vida, sim. Para o meu futuro lá na frente: fazer e construir. Estou pensando até em montar uma cooperativa no meu bairro para ajudar as pessoas”, destacou a custodiada Edneuza. 

“O lucro do projeto das árvores confeccionadas por elas possui o objetivo da compra de presente de Natal para os filhos delas e isso mostra para elas a importância do esforço do trabalho e os bons resultados disso”, ressaltou a diretora do CRF, Érica Sousa.

O diretor de Reinserção Social, Belchior Machado, frisa que o projeto tem contribuído para a qualificação das mulheres privadas de liberdade, preparando-nas para o mercado de trabalho. “A procura dos produtos da linha natalina, em especial, as árvores de Natal, tem sido grande, o que demonstra que o projeto vem dando certo, sendo uma oportunidade de qualificação e trabalho às custodiadas, além da geração de renda para elas e familiares”, finalizou o diretor.