Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
SAÚDE E INCLUSÃO

Estado já entregou quase 100 aparelhos a deficientes auditivos

Entrega ocorre por meio do Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (Ciir)

Por Thalita Garcia (CIIR)
26/11/2020 12h04

João Carlos Cardoso Silva foi um dos contemplados com o aparelho, que garantiu uma melhor qualidade de vidaQuase 100 pessoas no Pará já foram beneficiadas com Aparelhos de Amplificação Sonora Individual (AASI), que é um mecanismo de captação e amplificação de sons, que permite a pessoa voltar a ouvir em suas especificidades. A ação é realizada pelo Governo do Pará, por meio do Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIRR), que atua para garantir a inclusão e toda a assistência necessária aos usuários paraenses diagnosticados com deficiência auditiva. O espaço é referência estadual na assistência de média e alta complexidade às Pessoas com Deficiência (PcD), dentre elas, a auditiva.

A entrega do aparelho leva em consideração o tipo de perda auditiva, grau e conforto auditivo, além de outros fatores, como a personalidade, adequando os aparelhos para proporcionar ao usuário maior autoestima e qualidade de vida. O número de aparelhos a serem distribuídos pelo Ciir depende da demanda em processo de adaptação, que inclui consulta com especialista, diagnóstico audiológico, avaliação e seleção de aparelho auditivo.

Segundo o fonoaudiólogo do Centro, Nelson Furtado, os aparelhos auditivos revolucionaram a vida de pessoas com deficiência auditiva, já que devolve a capacidade de ouvir e de se comunicar, favorecendo os aspectos de fala e linguagem e sua interação social. 

Atendimento é feito no Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (Ciir)Para o especialista, são vários os benefícios trazidos pelo Aparelho de Amplificação Sonora Individual, desde o retorno da percepção dos sons de fala e dos ambientes, até aspectos de comunicação em adultos. O benefício é ainda maior em crianças, já que essas passam pelo processo de aquisição e desenvolvimento da linguagem, sendo essencial uma plena percepção auditiva, o que irá favorecer o aumento de vocabulário, distinção de sons e ainda maior interação social nesse período, onde as trocas sociais são importantes para o desenvolvimento.

“O AASI é uma  ferramenta importante de integração social de surdos e deficientes auditivos, tanto na comunicação verbal, quanto na percepção de sons que favoreçam sua integridade física, como uma buzina ou um aviso sonoro de perigo”, ressalta, acrescendo que a perda auditiva, devido ao seu caráter irreversível, ou seja, quando há lesão das células ciliadas da orelha interna, a audição não pode ser recuperada, “o que há são possibilidades de estimulação com segurança das células não lesionadas para uma melhor qualidade de vida”, destaca o fonoaudiólogo.

Nelson Furtado, fonoaudiólogo do CiirEssa revolução é evidenciada na vida do usuário João Carlos Cardoso Silva. Desde criança, ele teve que conviver com a surdez, o que lhe prejudicou em vários momentos, como por exemplo, na hora de arrumar um emprego. O usuário foi encaminhado da Unidade Básica de Saúde (UBS) há três meses e já conseguiu receber o seu Aparelho de Amplificação Sonora Individual.

"Estou muito feliz em estar ouvindo. Ouço os passarinhos cantando, o barulho dos gatos e outras coisas que antes eu não ouvia. É muito bom estar ouvindo; minha vida mudou completamente. O CIRR mudou a minha vida; e eu quero agradecer a todos, principalmente, ao doutor Nelson, que sempre me atendeu muito bem, explicando tudo direitinho sobre o que estava sendo feito para que eu pudesse ouvir. Muito obrigado por terem me atendido tão bem. Graças a vocês, hoje consigo ouvir", conta o usuário.

O papel do profissional de Fonoaudiologia nesse processo de implantação e adaptação é essencial, uma vez que, amplificar os sons de forma intuitiva e não monitorada só aumentam as chances de piora e agravamento do quadro. “O que os amplificadores sonoros fazem é isto, não é adequado ao tipo de perda do usuário, não possui nenhum tipo de acompanhamento ou supervisão, em muitos casos, tais amplificadores não possuem nenhum tipo de supervisão ou certificação o que os tornam perigosos para a saúde auditiva de quem o está adquirindo”, alerta Furtado.

De acordo com Nelson, o que os amplificadores fazem é aumentar qualquer tipo de som, muitas vezes lesionando células ciliadas íntegras, por isso, é importante, quando se pensa em aparelho auditivo, buscar acompanhamento profissional, consultar um otorrinolaringologista e um fonoaudiólogo para realizar avaliação audiológica e orientações necessárias.

“Selecionar um aparelho que cubra a perda auditiva e que traga ganhos qualitativos a vida do usuário, além da reabilitação auditiva, é um ponto muito importante no processo de protetização, trabalhando outros fatores que o usuário possa sentir-se desconfortável, como melhoria e aperfeiçoamento dos aspectos de fala”, Nelson Furtado.

Os aparelhos auditivos podem ser classificados como um mecanismo de amplificação de sons, porém o que o difere de outros amplificadores é o fato de serem regulados por órgãos responsáveis e terem sua eficácia aprovada e monitorada por profissionais qualificados, serem selecionados de acordo com as especificidades de cada paciente (tipo de perda e seu grau), além da qualidade sonora dos modelos mais avançados, proporcionando ao seu usuário uma adaptação segura, melhor desempenho e funcionalidade, atendendo as necessidades específicas de cada usuário.

Acesso aos serviços – Os usuários podem ter acesso aos serviços por meio de encaminhamento das Unidades de Saúde, acolhido pela Central de Regulação de cada município, que por sua vez encaminhará à regulação estadual, onde o pedido será analisado conforme o perfil do usuário.

Serviço: 
O CIIR funciona na rodovia Arthur Bernardes, nº 1.000. Mais informações: (91) 4042-2157/58/59.