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Seminário da Sespa aborda doença de Parkinson

Por Redação - Agência PA (SECOM)
18/04/2017 00h00

Com o objetivo de lembrar o Dia Mundial de Combate à Doença de Parkinson, comemorado em 11 de abril, técnicos da Coordenação de Saúde do Idoso, da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) realizaram nesta terça-feira (18) um seminário em que foram debatidas as políticas públicas, avanços e as técnicas utilizadas no tratamento da doença.

Realizado na Faculdade Integrada Brasil Amazônia (Fibra), em Belém, o evento trouxe como tema “Conhecer os sintomas da doença de Parkinson: um caminho para o diagnóstico precoce” e teve a participação do médico geriatra Karlo Moreira, do ambulatório de Geriatria e Neurologia do Hospital Universitário Barros Barreto, uma das referências no tratamento do agravo no Pará. Segundo ele, trata-se de uma doença que degenera as células dopaminérgicas, que produzem dopamina. Em decorrência dessa diminuição, os pacientes passam a apresentar alguns sintomas motores, entre os quais o tremor, a rigidez, o endurecimento do corpo e lentidão dos movimentos.

A maior incidência da doença acontece em torno dos 60 anos, podendo começar em qualquer idade, mesmo nos jovens. Não há cura para o mal de Parkinson. No entanto, o diagnóstico precoce da doença e os tratamentos adequados podem ajudar o paciente a conviver de forma menos limitante com a doença, que acomete cerca de 200 mil pessoas no Brasil. O SUS já garante o acesso a diversos medicamentos para tratamento, que podem ser retirados gratuitamente nas unidades de saúde, em farmácias que dispensam medicamentos do Componente Especializado, ou ainda por meio do Programa Farmácia Popular. Esse mecanismo de dispensação de medicamentos foi apresentado no seminário por Agnes Kaminosono, coordenadora de Assistência Farmacêutica da Sespa.

A coordenadora estadual de Saúde do Idoso, Valdinéa Coelho de Almeida, informou que o atendimento inicial é feito na Unidade Básica de Saúde, que encaminha o paciente para tratamento no Ambulatório de Doença de Parkinson do Barros Barreto, que funciona há dez anos, com atendimento três vezes por semana, das 7h às 11h. O local dispõe de uma equipe multiprofissional para o acompanhamento de cerca de 150 pacientes cadastrados.

Sobre os medicamentos, os de componente básico são dispensados pelas Unidades Básicas de Saúde e Estratégia Saúde da Família. Mas os de componente especializado, de alto custo, somente são fornecidos pelos centros de referência, como o Hospital Barros Barreto, o Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, a Unidade Básica de Saúde do Marco (mantida pela Uepa); Uremia, URE Doca, URE Presidente Vargas, URE Demétrio Medrado, Uredipe, CAPS Icoaraci, Casa do Idoso (em Belém), Unidade Farmacêutica do Cesupa, 10º Centro Regional de Saúde, em Altamira; 11º CRS, em Marabá; 12º Centro Regional de Saúde (CRS), em Conceição do Araguaia; Hospital Regional do Baixo Amazonas, em Santarém; Hospital Regional de Tucuruí, Hospital Regional de Redenção e Hospital Regional da Transamazônica, em Altamira.

“Queremos descentralizar cada vez mais essa oferta, mas para isso é preciso que haja profissionais capacitados para o atendimento de pacientes com Parkinson”, disse. Conforme Valdinéa, além de sensibilizar os gestores municipais, a Coordenação Estadual atua na área educativa com palestras e distribuição de fôlderes sobre a doença.

O Dia Mundial de Combate à Doença de Parkinson foi estabelecido pela Organização Mundial de Saúde em 1998 e tem como objetivo esclarecer a doença e as possibilidades de tratamento para que o paciente e sua família tenham uma melhor qualidade de vida. O quadro foi identificado pela primeira vez, em 1817, por James Parkinson, que descreveu os principais sintomas da doença publicados no Ensaio sobre a Paralisia Agitante.

Mais informações sobre a doença e os tratamentos disponíveis no site: http://vivabemcomparkinson.com.br/ e também pelo e-mail idadeativasespa@yahoo.com.br.