Governo do Estado alerta para os cuidados com a saúde auditiva
Ciir garante inclusão, assistência e entrega de aparelhos aos deficientes auditivos
Ficar atento aos primeiros sinais de qualquer alteração é essencialConhecer os principais cuidados com a saúde auditiva e ficar atento aos primeiros sinais de qualquer alteração é essencial, especialmente, porque a perda de audição é uma das deficiências mais comuns em crianças e adultos no Brasil.
Na terça-feira (10), comemorou-se o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Surdez e o Governo do Pará, por meio do Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (Ciir), atua para garantir a inclusão e toda a assistência necessária aos paraenses diagnosticados com algum problema desse tipo. Referência estadual na assistência de média e alta complexidade às Pessoas com Deficiência (PcD), o Ciir já entregou, em 2020, 31 aparelhos auditivos, dos 72 selecionados.
Jessica Tavares, médica otorrinolaringologista do CiirPRINCIPAIS CAUSAS
Segundo a médica otorrinolaringologista do Ciir, Jessica Tavares, a perda auditiva pode ter diversas causas, que se relacionam às alterações do conduto externo do ouvido (rolha de cera, impactações do cerúmen, otites), da orelha média (infecções e alterações dos ossículos da audição, como a otoesclerose) ou da orelha interna (alterações de caráter genético ou infeccioso que envolve o nervo auditivo).
As alterações podem gerar impactos na saúde auditiva do indivíduo, de acordo com o grau identificado. “O otorrinolaringologista faz uma avaliação do paciente e indica exames auditivos diagnósticos, como a audiometria, para identificar o tipo de perda auditiva e qual o grau, para estabelecer o tratamento adequado”, explica.
PRIMEIROS SINAIS
O zumbido é, geralmente, um dos primeiros sinais de alteração da via auditiva. Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 20% da população sofre com esse tipo de problema. No Brasil, isso significa algo em torno de 30 milhões de pessoas.
Ter que aumentar o volume da televisão, pedir para as pessoas aumentarem tom de voz para conseguir ter uma conversação e até apresentar dificuldades no entendimento das palavras são alguns dos sinais que todos devem estar atentos. “Nas crianças, a perda auditiva ainda pode se apresentar com o atraso na fala ou dificuldades no aprendizado”, ressalta a médica.
CUIDADOS COM A SAÚDE AUDITIVA
- Evitar manipular o ouvido;
- O uso do cotonete não é indicado para realizar a limpeza, que deve ser feita com uma toalha seca na borda do ouvido após o banho;
- Evitar exposição a ruídos intensos acima de 90 decibéis por um período prolongado (acima de 8h por dia). Quem precisar se expor, deve usar Equipamentos de Proteção Individual;
- Atenção com o volume do fone de ouvido, que possui ruídos intensos;
- Evitar tabagismo (fator de risco para alterações auditivas);
- Controlar doenças preexistentes, especialmente, relacionadas à pressão arterial e diabetes;
- Ter hábitos de vida saudáveis;
A otorrinolaringologista do Ciir orienta uma avaliação anual com o profissional médico, especialmente, se tiver houver algum fator de risco familiar.
Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (Ciir) atua para garantir a inclusão e assistência aos paraenses diagnosticados com algum problema de audiçãoATENDIMENTOS
Para ter acesso ao atendimento especializado no Ciir, os usuários devem ser encaminhados pelas unidades ou postos de saúde, por meio do Sistema de Regulação Estadual, onde o pedido será analisado conforme perfil do usuário. O Ciir funciona na rodovia Arthur Bernardes, nº 1.000. Mais informações: (91) 4042-2157/58/59.
Central de Interpretação de Libras do Pará
A Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), por meio do Centro Integrado de Inclusão e Cidadania (Ciic), disponibiliza a Central de Interpretação de Libras do Pará (Cilpa), para atender pessoas com deficiência auditiva da capital e também do interior do Estado.
A Central possui 614 cadastrados e oferece o serviço de intérprete de Libras e de orientação para seus usuários. Em funcionamento na Av. Almirante Barroso, nº 1.765, bairro do Marco, em Belém, de 8h às 17h, de segunda a sexta. Para mais informações: (91) 98441-1983/ (91) 99262-1696 (WhatsApp).