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FEBRE AFTOSA

Adepará atualizará cadastro de produtores durante seis meses, a partir deste domingo (1)

Iniciativa é parte da estratégia para a suspensão da vacina contra a febre aftosa e produtores que não participarem não poderão emitir a Guia de Transporte Animal

Por Manuela Oliveira (FAPESPA)
30/10/2020 18h43

Atualização do cadastro das propriedades rurais do Estado é fundamental às ações de defesa sanitária, sobretudo contra a febre aftosaA Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) fará, a partir deste domingo (1), a atualização cadastral dos produtores rurais do Pará. Com duração de seis meses, a atualização será concluída em 30 de abril de 2021 e faz parte do plano estratégico para a suspensão da vacina contra a febre aftosa do Pará, parte do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA). 

“Os cadastros agropecuários são importantes na realização das ações da defesa sanitária pela Adepará, permitindo uma ação mais efetiva e rápida, como, por exemplo, em situações de atendimento a focos de determinadas enfermidades que acometem os animais de produção”, explica o diretor geral da Adepará, Jamir Macedo.

O PNEFA tem como objetivo criar e manter condições necessárias para garantir a condição de livre da febre aftosa, por meio do fortalecimento dos mecanismos de prevenção e detecção precoce da doença. A execução do PNEFA fundamenta-se em critérios científicos e em diretrizes internacionais de vigilância da doença, conduzida com base no compartilhamento de responsabilidades entre os setores público e privado.

IMPORTÂNCIA

A atualização faz parte das ações necessárias ao avanço do Plano Estratégico 2017-2026 para que o Pará palcance o status sanitário “livre, sem vacinação contra febre aftosa”. As estratégias do programa para garantir a qualidade técnica das ações foram organizadas em dezesseis operações, agrupadas em quatro componentes: ampliação das capacidades do Serviço Veterinário Oficial, fortalecimento do sistema de vigilância, interação com as partes interessadas e transição de zona livre com vacinação para zona livre sem vacinação.

O produtor que não atualizar o cadastro nesse período ficará não poderá emitir Guia de Trânsito Animal (GTA). A Adepará convoca, portanto, os criadores de bovinos, bubalinos, suínos, caprinos, ovinos, equídeos, peixes, abelhas e aves a atualizar o cadastro junto à unidade local da agência na qual a propriedade é cadastrada. 

QUALIDADE

O cadastramento de propriedades rurais representa uma das bases do sistema de defesa sanitária animal concebido no País e sua existência e manutenção são condições para a classificação qualitativa do serviço veterinário oficial e inclusão em zonas livres de doenças, como, por exemplo, a febre aftosa.

A qualidade do cadastro determina o grau de confiabilidade do sistema de informação. Representa uma atividade dinâmica e contínua, ou seja, uma vez constituído deve ser regularmente atualizado. 

“A responsabilidade de manter atualizadas as informações do cadastro no Serviço Veterinário Estadual é dos proprietários e produtores rurais, conforme estabelecido na legislação de defesa sanitária animal do Estado”, explica a técnica da Adepará, a FEA Médica Veterinária Glaucy dos Santos Carreira. Ela informa que o produtor que quiser mais informações deve procurar a Adepará no seu município.

Outro aspecto importante é a redução dos custos para as etapas de vacinação contra febre aftosa, visto que não será necessário disponibilização de recursos financeiros com toda a logística para execução dessa atividade.