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Faltam oito dias para o fim das campanhas de vacinação

Por Roberta Vilanova (SESPA)
22/10/2020 15h24

Encerra no próximo dia 30 de outubro, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, destinada às crianças menores de cinco anos, assim como a Campanha de Multivacinação para atualização do esquema vacinal de crianças e adolescentes menores de 15 anos.

As campanhas começaram no dia 5 de outubro com a finalidade de reduzir o risco de reintrodução do poliovírus selvagem no Brasil, atualizar o esquema vacinal e aumentar as coberturas vacinais de todas as doenças imunopreveníveis no país.

Para isso, os 144 municípios paraenses estão abastecidos com todas as vacinas. “Basta a família levar a criança ou adolescente à Unidade Básica de Saúde (UBS) mais perto de sua casa, e apresentar o documento de identidade e a carteira de vacinação”, disse a coordenadora estadual de imunizações da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), Jaíra Ataíde.

No Pará, são 2.883 mil postos disponíveis para campanha, sendo 1.876 mil fixos, 887 volantes e 120 fluviais, contando com 15.524 trabalhadores diretos e 3.110 equipes de vacinação.

Jaíra Ataíde informou que o público-alvo da campanha contra poliomielite são crianças de 1 ano a menores de 5, que devem receber a Vacina Oral de Poliomielite (VOP), desde que já tenham recebido as três doses da Vacina Inativada de Poliomielite (VIP), do esquema básico de vacinação. Já as menores de 1 ano (de 29 dias até 11 meses) devem ser vacinadas seletivamente com a VIP, conforme as indicações do calendário nacional de vacinação. “Nossa meta é vacinar pelo menos 95% do total de 595.688 mil crianças, mas a campanha ainda está longe da meta. Até o momento foram vacinadas 93.194 crianças, o que corresponde a apenas 15,64% de cobertura vacinal”, alertou.

O calendário de vacinação da criança até 10 anos de idade inclui 14 vacinas que são: BCG, Hepatite B, Penta (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e poliomielite), Polio inativada, Polio oral, Rotavírus, Pneumo 10, Meningo C, Febre Amarela, Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), Tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela), DTP (tríplice bacteriana), Hepatite A e Varicela.

Já no calendário do adolescente, além de doses de reforço das vacinas feitas na infância, estão disponíveis as vacinas contra Hepatite B, Febre Amarela, Tríplice viral, Difteria e tétano adulto (DTPa), Meningocócica ACWY, HPV quadrivalente e Varicela.

Jaíra Ataíde enfatiza que as vacinas estão sempre disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde e que as campanhas são a grande oportunidade de resgatar as doses que deixaram de ser feitas no tempo devido. “Conservar a carteira de vacinação é fundamental para a saúde de crianças, jovens e adultos, pois é nela que estão registradas todas as doses tomadas ao longo da vida”, alertou.

Sarampo – é importante lembrar que também prossegue, até o dia 30 de outubro, a campanha de vacinação contra o sarampo, principalmente, para pessoas entre 20 e 49 anos, mesmo que já tenham sido vacinados anteriormente. O objetivo é interromper a circulação do vírus do sarampo, que desde 2018 voltou a fazer vítimas no Brasil. “A cobertura vacinal está ainda em 24% com 770 mil pessoas de 20 a 49 anos vacinadas”, informou Jaíra Ataíde.

Segundo o último Boletim Epidemiológico do Sarampo, emitido pela Divisão de Vigilância Epidemiológica da Sespa, no dia 15 de outubro, o Pará tem 5.289 casos confirmados da doença, o que representa 65% do total de casos confirmados de sarampo no Brasil, incluindo cinco óbitos. Portanto, é fundamental resgatar a cobertura da vacina tríplice viral no Pará.

Portanto é importante garantir a vigilância epidemiológica do sarampo de forma adequada e oportuna. A notificação de todos os casos suspeitos tem que ser feita em até 24 horas, a investigação com a busca de contatos não vacinados em todos os locais percorridos pelos casos em até 48 horas e o bloqueio vacinal dos contatos não vacinados em até 72 horas após a notificação.

Cuidados - Em função da pandemia de Covid-19, a Sespa orienta que as Secretarias Municipais de Saúde adotem estratégias para evitar aglomerações nas Unidades de Saúde. Também devem realizar a vacinação em locais abertos e ventilados; disponibilizar local para lavagem das mãos ou álcool em gel; orientar que somente um familiar acompanhe a pessoa a ser vacinada e realizar a triagem de pessoas com sintomas respiratórios antes da entrada na sala de vacinação.