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INICIATIVA INÉDITA

Com o 'Na Fábrica', governo conhece realidade de indústrias da Região Metropolitana de Belém

O projeto, que mobiliza a Sedeme e o Sistema Fiepa, visa incentivar o crescimento do setor industrial do Pará

Por Raiana Coelho (FUNTELPA)
17/10/2020 09h53

A comitiva conheceu as instalações e o processo produtivo da Poly PerfilDuas fábricas instaladas na Região Metropolitana de Belém receberam as equipes do “Na Fábrica”, projeto que visa incentivar o crescimento do setor industrial do Estado, potencializando a produção local e promovendo a comercialização em larga escala. A comitiva, formada por representantes do Governo do Pará e Sistema Fiepa (Federação das Indústrias do Pará), conheceu os processos de industrialização do forro PVC e do açaí em polpa e mix, na sexta-feira (16).

O “Na Fábrica” é uma iniciativa inédita, criada recentemente pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), que conta com a participação da Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec), Banco do Estado (Banpará) e Sistema Fiepa.

O objetivo é garantir a presença do Governo do Pará e da entidade representativa do setor produtivo no segmento industrial por meio de visitas às unidades fabris, para conhecer e entender a estrutura produtiva e de competitividade de cada uma. A partir desse primeiro passo será criado um canal de relacionamento, para que as políticas públicas sejam plenamente efetivadas.

A importância dessa interação é ressaltada pelo secretário interino da Sedeme, Carlos Ledo. “Essa parceria é importantíssima. É o Estado chegando, ao lado da Fiepa, ao setor produtivo, o que vai sempre ocasionar uma interação maior e decisões acertadas às empresas. Então, para mim, esse nosso projeto, essa nossa ação, é importantíssima para o crescimento do Estado”, afirmou.Fábrica da Rajá, que produz e exporta polpa e mix de açaí

A comitiva iniciou a visita pela fábrica da Poly Perfil, que produz forro PVC no município de Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém. A empresa tem mais de 30 anos no mercado, abastecendo os mercados do Pará, Ceará (Fortaleza), Amapá (Macapá) e Maranhão, e mantendo cerca de 130 empregos, somando o número de funcionários das três unidades de produção. A comercialização para fora do Estado, por mês, chega a 1.750 toneladas de forro. 

De acordo com Leila Guedes, contadora e sócia da fábrica, os conceitos de sustentabilidade na rotina da produção são aplicados e monitorados, desde a intensidade do barulho causado pelo maquinário, para evitar poluição sonora, até o destino adequado dos resíduos. A presença do governo do Estado no ambiente de trabalho foi inédita para ela. “Esse momento está sendo muito importante para nós, pois nesses 30 anos que temos aqui no Estado a gente nunca teve uma visita do governo para nos dar um incentivo. Eu espero que agora a gente possa trabalhar juntos, que a gente possa acontecer com esse incentivo. A gente só tem a agradecer por esse momento. Espero que dê tudo certo e a gente consiga realmente fazer essa parceria com o Estado, e continuar levando o nome da empresa e do Estado para frente”, reiterou Leila Guedes.

A industrialização do açaí ainda esbarra na insuficiência de matéria-primaA segunda indústria a receber a comitiva foi a Rajá, que atua no Pará há 22 anos no ramo de exportação de açaí congelado. Atualmente, o empreendimento leva seu produto para quase todo o Brasil e alguns países, produzindo uma média mensal de 1.500 toneladas. Antes de sair do Pará, o açaí passa por uma sequência de processos que garantem a higienização do fruto, como branqueamento e pasteurização.

Matéria-prima - Apesar dos números positivos, a falta da matéria-prima - o fruto do açaí - faz com que a empresa do Rogério Magalhães Dias trabalhe abaixo de sua capacidade de produção. Para o empresário, a junção das forças, Governo e Indústria, pode aumentar os postos de trabalho na fábrica, que hoje chegam a 100. “Quando se trabalha com o mesmo objetivo, nós produzindo, o Estado nos ajudando com incentivo fiscal e financiamento de novos equipamentos, isso tende a fortalecer a indústria e, consequentemente, a gente consegue gerar muito mais empregos. A parceria, para nós, é fundamental”, ressaltou Rogério Dias, que é o diretor comercial da Rajá.

Sobre o déficit de matéria bruta para as indústrias que dependem da produção do campo, como açaí e outros frutos, o vice-presidente da Fiepa, José Maria Mendonça, disse acreditar que o caminho promissor está no incentivo às plantações dos diversos frutos regionais. “O que nós notamos na visita é que temos de sair plantando açaí, que todas as empresas de açaí estão precisando, estão trabalhando abaixo de sua capacidade. Então, eu acho que o caminho é esse. É conhecendo as fábricas e, uma a uma, a gente vai mostrando a genuína produção do Estado do Pará”, acrescentou.Representantes do Governo do Pará e do Sistema Fiepa que integram o projeto inédito

Além da Poly Perfil e da Rajá, o “Na Fábrica” já esteve presente nos grupos Bellamazon, no município de Marituba; Papaguara e Vitória, no Distrito Industrial de Ananindeua; Açaí World, em Benevides; Tintas Veloz, em Ananindeua, e Companhia Têxtil, em Castanhal. “É um projeto de extrema relevância para o setor produtivo, bem como para o governo, para as políticas públicas de alcance econômico e social, com repercussão positiva para a atração de investimentos e o ambiente de negócios no Estado do Pará”, informou o coordenador de Desenvolvimento da Sedeme, Mauro Barbalho.