Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
NORMALIDADE

Maioria das escolas da rede pública estadual não adere à paralisação

Por Redação - Agência PA (SECOM)
03/05/2017 00h00

O levantamento parcial feito pela manhã e início da tarde desta quarta-feira (3), pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc), mostra que a maioria das escolas da rede pública estadual de ensino não aderiu à paralisação deflagrada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp). As 23 instituições vinculadas à Unidade Seduc na Escola (USE 20), por exemplo, mantiveram suas atividades. Essas escolas estão distribuídas entre os municípios de Ananindeua, Marituba e Benevides, na Região Metropolitana de Belém.

Nas 16 instituições da USE 05 – à qual estão vinculadas escolas tradicionais, como Ulysses Guimarães e Deodoro de Mendonça -, apenas a Escola Justo Chermont teve suas atividades paralisadas no turno da manhã, mas devido à falta d’água, provocada por um problema na estação central de abastecimento, que já está sendo sanado pela Companhia de Saneamento do Pará (Consanpa).

Pela manhã e no início da tarde, estudantes compareceram às escolas para assistir às aulas ou fazer provas. Na Escola de Ensino Técnico do Pará Professor Anísio Teixeira, no bairro do Umarizal, os alunos fizeram prova da primeira avaliação deste semestre. O diretor da instituição, Dário Merca, acompanhou a movimentação de estudantes e professores. A Escola Anísio Teixeira mantém 738 alunos matriculados.

O gestor da USE 02, Sérgio Araújo, informou que das 21 escolas administradas pela Unidade, 18 funcionaram normalmente hoje - apenas três interromperam as atividades também causa da falta de água. Na USE 02 funcionam escolas como a Salesiana do Trabalho, Escola de Ensino Técnico Magalhães Barata, Waldemar Ribeiro – todas com o funcionamento normal -, e Augusto Montenegro, Santo Afonso e Alves Maia, que deram prosseguimento ao calendário de provas.

Estudantes preocupados - Com 500 alunos matriculados no Ensino Fundamental e Ensino Médio, a Escola Estadual Benjamin Constant, no bairro do Reduto, em Belém, funcionou normalmente pela manhã e à tarde. Assessorados pela diretora Márcia Lopes, os estudantes tiveram aula de Educação Física, Língua Portuguesa e outras disciplinas. A partir da próxima segunda-feira (8), os alunos iniciarão as provas. 

A estudante Ketheriny Ferreira, 14 anos, do 9º ano, disse que ficou preocupada com a informação de que haveria greve de professores hoje. “Mas foi bom ter aula, para a gente não parar o estudo. As provas começam na segunda-feira, e se as aulas parassem iria atrasar tudo”, declarou a estudante.

Calendário - As mil escolas estaduais que funcionam nos 144 municípios paraenses mantêm cerca de 600 mil alunos matriculados. Em função das greves deflagradas em anos anteriores, principalmente em 2015 - que durou 40 dias -, o calendário escolar há 10 anos não inicia e encerra no mesmo ano.

“Nós apresentamos ao Conselho Estadual de Educação um estudo, feito inclusive com a participação do próprio Conselho, além da nossa Secretaria Adjunta de Ensino, para regularizar o calendário de 2017,  que já foi aprovado. Inclusive o representante do Sintepp que tem assento no Conselho aprovou o estudo”, ressaltou Ana Claudia Serruya Hage, secretária de Estado de Educação.

A secretária explicou, ainda, que a proposta da Seduc, aprovada pelo Conselho, foi apresentada e aprovada também pelo Ministério Público do Estado. “Foi  uma resposta que demos ao MP, que inquiriu o Conselho sobre quais medidas estavam sendo tomadas para reorganizar o calendário escolar, que há tempos vem sofrendo interferências de greves”, ressaltou.

Piso garantido - Sobre o pagamento do Piso Nacional do Magistério, principal argumento do Sintepp para deflagrar mais uma greve, a secretária garantiu que vem sendo pago pelo governo do Estado. “O menor valor que um professor da rede estadual paraense recebe é R$ 3.662,80, por 40 horas semanais de trabalho. Portanto, acima do piso nacional estabelecido pelo Ministério da Educação”, reiterou Ana Claudia Hage. Ela informou também que a remuneração média de um professor com 200 horas é R$ 4.694,12. O valor do piso é R$ 2.298,80.

Levantamento parcial feito pela Seduc até o início da tarde desta quarta-feira – 3 de maio

Não aderiram à paralisação - Unidades Seduc na Escola (Uses)

Escolas das Uses 01, 02, 05, 06, 08, 12 (com exceção da Escola Jorge Lopes Raposo), 14 (exceto a Escola Raimundo Vera Cruz, que teve adesão dos professores, mas os demais servidores estão trabalhando normalmente), 15, 18 e 20.

Adesão parcial

Escolas da USE 07: Augusto Meira, Barão de Igarapé-Miri, Alexandre Zacharias de Assunção e Santos Dumont.

Não aderiram à paralisação – Unidades Regionais de Educação (Ures)

Escolas das Ures 02, 07, 08, 10, 12, 15 e 16

A Seduc ainda não concluiu o levantamento nas demais Uses e Ures.