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Software criado pelo Hospital Regional da Transamazônica amplia segurança do paciente

Ferramenta monitora como as práticas de segurança do paciente são realizadas nos setores da unidade e entrega os resultados em tempo real

Por Karine Sued Oliveira (HRPT)
25/09/2020 12h05

Verificar se o paciente está identificado corretamente, reduzir o risco de infecções associadas aos cuidados em saúde e melhorar a eficácia da comunicação. Essas são algumas das Seis Metas Internacionais de Segurança do Paciente, definidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O tema tem chamado a atenção de várias instituições do segmento da saúde no Brasil, e ganhou ainda mais relevância com a pandemia do novo coronavírus.  

Com o objetivo de aperfeiçoar os processos de qualidade na assistência aos usuários, o Hospital Regional Público da Transamazônica (HRPT), unidade gerenciada pela Pró-Saúde em Altamira, município do sudoeste paraense, desenvolveu o InQuality, um software para acompanhar diariamente as práticas de segurança do paciente executadas nos setores do hospital.

O sistema foi projetado há três anos pelo setor de Tecnologia de Informação do Hospital, seguindo as diretrizes corporativas do Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente da Sede Administrativa da Pró-Saúde. Ele trabalha a partir dos cadastros de pacientes internados, que é atualizado diariamente. 

A implantação do InQuality tem como principal diferencial a oferta de resultados em tempo real, facilitando a identificação de pontos de melhoria e o aprimoramento dos processos.

Outro ponto de destaque é a notificação automática aos gestores sobre índices de adesão abaixo da meta estabelecida – que atualmente é de 80% – proporcionando uma resposta rápida dos setores envolvidos. 

Como funciona o software InQuality?

Desenvolvida em 2017, a ferramenta possui três etapas principais: importação dos dados cadastrais, aplicação da ferramenta nas unidades assistenciais, e, por fim, a sincronização com o sistema.

“Temos a prática de monitoramento em tempo real e a melhor acessibilidade dos gestores aos resultados. Antes, tudo era feito manualmente, por meio de planilhas. Hoje, com o nosso sistema, além de economizar papel, ganhamos tempo para atender outras demandas”, explica Thaís Mendes, coordenadora do Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente (NQSP) da unidade.

Em decorrência do sucesso do projeto, o software está passando por uma atualização para também atender as equipes de enfermagem. Dessa forma, foi desenvolvido um módulo integrador entre o sistema de prontuário informatizado do Hospital e o InQuality. Assim, não haverá mais a necessidade da importação e exportação manual dos dados.

“Vamos saber, por exemplo, quantos dias um determinado paciente apresentou lesão por pressão, ou qualquer outra intercorrência. Se houve uma evolução ou regressão do caso”, ressalta Felipe Johann, coordenador de TI do HRPT. 

O coordenador complementa que “antes do InQuality, este acompanhamento no HRPT era feito manualmente, com o preenchimento de fichas pela técnica de enfermagem do NQSP. Agora, o profissional faz as visitas aos leitos e preenche os dados diretamente no sistema por meio de um tablet”.

Além de ampliar o alcance e a precisão do monitoramento de segurança do paciente, o programa também permite a diminuição considerável do consumo de papel, gasto com os questionários. 

Agora, todo o processo é realizado por meio digital, tanto a coleta dos dados quanto sua tabulação, o que também permite a otimização do tempo no NQSP. 

Excelência compartilhada

A relevância e eficácia do sistema levaram o Hospital Regional Público da Transamazônica a compartilhar sua experiência em um webinar de Segurança do Paciente, promovido pela Pró-Saúde. O evento integra as ações em alusão ao Dia Mundial da Segurança do Paciente, que estão sendo realizadas ao longo do mês de setembro. 

O HRPT possui a certificação ONA 3 - Acreditado com Excelência, concedida pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), uma das mais respeitadas entidades avaliadoras dos serviços de saúde do país. Na ocasião, a unidade pode compartilhar seu conhecimento e inspirar outras unidades de saúde em todo o país a buscar o nível de excelência.