Bibliotecas da Seap recebem doações de livros da Defensoria Pública

A educação é sempre a melhor estratégia de promoção da reinserção social de pessoas privadas de liberdade, por isso a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) busca implementar projetos que incentivem entre os internos os hábitos da leitura e escrita. Na manhã desta sexta-feira (18), a Seap recebeu da Defensoria Pública do Estado doações de livros, para serem distribuídas entre as unidades prisionais dos municípios de Paragominas, Tomé-Açu e Breves. Foram doados mil livros, em contribuição à campanha "Doe livros, renove vidas", promovida pela Secretaria.

A campanha busca renovar o acervo das bibliotecas instaladas nas unidades prisionais. A Defensoria Pública se uniu para ajudar na arrecadação, durante o mês de agosto, e já foram doados quase 7 mil livros.

O defensor público do Núcleo de Execução Penal, Caio Fávero Ferreira, ressaltou que a campanha é importante para os internos praticarem mais a leitura. “O sentimento é de extrema felicidade por poder contribuir, de alguma forma, na capacitação de algo que tende a aumentar a condição de dignidade daquelas pessoas que estão privadas de liberdade”, afirmou.

Avanços - O diretor de Reinserção Social da Seap, Belchior Machado, frisou a importância dos projetos dentro das unidades. “Esses projetos são fundamentais para que a gente consiga realizar a reinserção das pessoas privadas de liberdade na sociedade. De 2019 até este ano, atingimos um grande número de internos com alfabetização. Agora, a Seap tende a aumentar a quantidade de pessoas privadas de liberdade na educação superior”, acrescentou.

Segundo Patrícia Sales, coordenadora de Educação Prisional da Seap, “quando o interno começa a ler, desperta nele a vontade de participar de salas de aula, e assim conseguimos incentivar os internos a participar dos nossos projetos de educação. Com a parceria da Defensoria Pública estamos aumentando o nosso acervo para o projeto de remição e Arca de Leitura”.

A defensora pública Ana Isabel Santos disse que foram montados postos de arrecadação em vários prédios do órgão, o que resultou na doação de mil livros. “Eu espero que contribua para a inclusão social no Estado, e que através do livro a pessoa presa possa se sentir estimulada para melhorar de vida. Assim, retorne à sociedade sem precisar utilizar a criminalidade para o seu próprio sustento”, reiterou.

Também participaram da entrega dos livros o defensor público-geral, João Paulo Lédo; o professor da Universidade Federal do Pará, Orlando de Souza, e a gerente Bibliotecária da Seap, Sheila Almeida.