Consórcio é forma correta de defender interesses da Amazônia, afirma diretor do CAF
O executivo Octavio Carrasquilla, gestor de Meio Ambiente e Mudança Climática do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), disse ser digno de admiração o fato de os governadores da Amazônia Legal juntarem suas forças com a estratégia de criação do Consórcio Interestadual da Amazônia Legal.
Carrasquilla participou, na quinta-feira (4), dos quatro painéis sobre meio ambiente a convite de técnicos da Secretaria do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) envolvidos nas ações da Força-Tarefa de Governadores para o Clima e Floresta (GCF).
“Acho que o consórcio é a via correta para trabalhar com toda a região amazônica os projetos de interesse comum”, disse o executivo do CAF, instituição fundada em fevereiro de 1968, com matriz na Venezuela, presente em 19 países: Brasil, México, Costa Rica, República Dominicana, Jamaica, Barbados, Trinidad e Tobago, Colômbia, Equador, Peru, Chile, Argentina, Uruguai, Paraguai, Panamá, Bolívia, Espanha e Portugal.
O CAF tem duas políticas de atuação: integração regional e sustentabilidade. “São temas que têm a ver com a Amazônia e, dentro da ótica do banco. Portanto, o consórcio é iniciativa bem recebida, e deve ser também pelo governo central e países que fazem parte da bacia amazônica”, acredita.
“Na visão do banco, o consórcio é um mecanismo correto para abordar problemas de caráter regional, para procurar soluções regionais a problemas estaduais. É mais fácil pegar um pacote maior, atender a um grande cliente, a uma demanda conjunta do que muitos clientes pequenos. Mais fácil focar o trabalho numa região do que num estado”, avaliou.
Nas ações de sustentabilidade, Octávio Carrasquilla cita as peculiaridades e interesses comuns, como os recursos florestais disponíveis, os serviços ambientais, os produtos da floresta, o biocomércio, o financiamento verde e até mesmo a produção agropecuária como atividades que devem merecer atenção do consórcio.
Texto: Mara Paraguassu (Secom - Governo de Rondônia)